Todos os meus nunca mais estão guardados em uma caixinha decorada com pedras coloridas.Os meus nunca mais estão empoeirados porque os venho usando cada vez menos. Mas eles já me foram muito úteis, aplicáveis a quase tudo e quase todos. E eles eram bons de usar. Facilitavam muito a vida. Com o tempo eles foram sendo menos eficientes, talvez porque eu comecei a descobrir que eles já não me saciavam e não me aliviavam.
Nuncas quase nunca existem.
Nuncas são negações de verdades que podem sim ser possíveis de vez em quando. A questão é que lidar com o de vez em quando, lidar com nossos quandos, com o acaso, com a incerteza e a espera é angustiante.
E queremos nuncas, sempres, certezas. E tudo o que a vida nos dá são possibilidades. Eu venho tentando brincar com as minhas, explorá-las. Os meus nunca mais estão lá na minha caixinha colorida. Confesso que às vezes a tentação é de ir lá buscar algum, só para brincar com alguma nova certeza. Mas logo isso se vai também.
E eu fico aqui, brincando com o meu possível e com meus sonhos, porque esses sim, eu já tirei da caixinha colorida há um bom tempo.












Primeiro arranquei meu estômago































