segunda-feira, 29 de junho de 2009

Segundas

Olha, antes da aula terminar eu tenho que lembrar
que minha próxima segunda-feira à noite será vazia.
E eu odeio noites de segunda.
Mais ainda que de domingo.
Segunda não há jantares.
Segunda não há festas.
E há quantas segundas já não somos mais?
São segundas tóxicas, sem o teu cigarro.
Preciso ocupá-las: Poesia,
culinária, futebol
Qualquer coisa
para me
esquecer
que segundas
são todas
minhas noites.

Nossa natureza selvagem

Um jovem desesperado em busca de sua liberdade e de tentar encontrar sua verdadeira essência. Esse é o tema do filme "Na natureza selvagem", que eu assisti pela terceira vez e como café da manhã no meu sábado.

Ele retrata a busca que, na verdade, é a de todos nós (ao menos deveria ser), mas que não paramos muito para pensar nela em nosso dia a dia. Até porque, pensando lá na sublimação que falei há dois posts atrás, precisamos nos adequar à sociedade, às normas. Precisamos de dinheiro, de bens materiais para sobrevivermos. Mas não é isso que alimenta nossa essência. Foi aí que o jovem Chris McCandless, que realmente existiu, cometeu seu erro. Ele se perdeu em sua própria busca e foi vencido pela natureza.

Não precisamos nos isolar no mato, em meio aos animais e nos alimentarmos de plantas para provar a nós mesmos o que nos é vital. Quem sabe, sabe. Quem não sabe ou está ainda procurando saber ou então vive em seu mundo de mentira ou ilusão e deve viver confortável dessa forma. A escolha é de cada um e toda a escolha é nobre, desde que se siga o próprio critério e se esteja realmente consciente dela, escolhendo ela.

A única coisa que permanece (e essa sim é real e incontestável) é a grande descoberta que o personagem teve que fazer a duras penas. De que não podemos ser felizes sozinhos. De que precisamos do outro. Ele escreve, em seu diário, momentos antes de morrer:

"A felicidade só é real quando compartilhada"

Isso é tudo. Essa é nossa natureza selvagem. Estar perto de quem a gente ama. E não devíamos nunca nos esquecer disso...porque amar alguém de verdade é raro.

P.S. Além de tudo, a trilha sonora do filme é de arrepiar, em letras e melodias. Foi toda composta e cantada pelo Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam. Imperdível!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

desfilosofando a sexta feira


"Emprestei" lá do blog da Milena, e veio bem a calhar para o dia de hoje.

Da filosofia à música. Simples assim. É tudo que eu quero esse fim de semana

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Resposta

Pergunta: Em sua opinião, qual é a importância da leitura na vida das pessoas?

Fabrício Carpinejar: A leitura não nos empresta somente palavras, nos empresta silêncio. Quem não lê dificilmente aprende a ficar quieto, aceitando a solidão como parte do pensamento. Ler é conversar consigo para melhor conversar com os outros. É organizar a experiência. Todo o turbilhão de fatos, lembranças, sequência de nossa vida pode ficar solto sem uma literatura que o organize. Não teríamos hierarquia, ordem, força nas idéias. Seria um caos sensitivo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sublimando paixões


Assisti ao filme "Modigliani - Paixão pela vida" e quem se apaixonou fui eu. Pela história dele e pela forma em que é retratada. Para não fugir à regra, Amedeo Modigliani era um artista, como define a sinopse, "inspirado pelo amor e consumido pela obsessão". E além de tudo, que viveu uma linda história de amor.

A cena que mais me chamou a atenção foi uma em que ele e outros pintores famosos, entre eles seu inimigo número 1, o então já famoso Pablo Picasso, estão pintando suas obras para concorrerem a um concurso. A música rola e as cenas vão cortando,de um artista a outro, mostrando a paixão de cada um pela arte em sua atividade. Mas aí é que mora a diferença entre quem vive da arte e quem vive na arte. Modigliani vivia imerso em arte. E, nesse caso, isso não é uma exaltação, ao contrário do que possa parecer. Ninguém suporta viver somente na arte. Porque a arte está a serviço da vida e não pode ser dela refém. Modigliani era um refém dela.

Essa cena é linda porque, ao meu ver, demonstra justamente essa relação doentia dele com a arte. A arte é uma sublimação. Sublimar é uma defesa psíquica que temos, um "lugar" onde canalizamos nossos impulsos mais intensos para que esses possam ser expressos, mas de uma maneira socialmente aceita. Então, supostamente, é no objeto de nossa sublimação que podemos expressar o que necessitamos, para que na vida cotidiana possamos estar "adaptados", no sentido saudável dessa palavra, não conformista.

Então, nessa cena, vemos todos os pintores enlouquecidos, pintando, quebrando pincéis, bebendo desenfreadamente, descabelados, irados, absortos, extasiados. Ali estavam expressando seus impulsos e paixões. Modigliani não. Nesse momento ele estava focado, concentrado. Sereno e preciso. Justamente ao contrário do outros, não era na arte mas sim na vida que ele colocava suas paixões e seus mais ferozes impulsos. Ele bebia ininterruptamente, fumava descontroladamente, cantava, dançava, não conseguia manter a menor regra em sua vida cotidiana. Gastava sem controle, vivia em dívidas. Ele não conseguia sublimar isso na pintura, como os outros. Vivia os impulsos à flor da pele, diariamente. E, infelizmente, ninguém consegue viver assim. Modigliani sucumbiu à sua própria liberdade.

Precisamos sublimar para sobreviver porque a vida não comporta nossos impulsos mais primitivos. Para isso sublimamos. É uma dura lição essa que a vida adulta nos dá: de abrir mão da satisfação imediata de nossos desejos. Precisamos abdicar disso, entrar no princípio da realidade, mas não sem a necessidade desse espaço de alívio, de escape. E as artes se prestam muito bem a essa função: a música, a literatura, a pintura, a dança, etc.

Atualmente, na era virtual, nossas sublimações são também outras. Blogar é uma delas. E é por isso que eu estou aqui escrevendo. E é também por isso que você está aqui agora, me lendo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Joelheiras e escoriações

Eu sou inquieta. E energética, se posso colocar assim. Eu não paro, minha cabeça não para, e consequentemente meu corpo também não.

Por isso aqui estou eu falando de outro esporte que agora comecei a praticar e que, mesmo eu sempre tendo adorado, agora tem sido uma curtição especial: o vôlei.

Sem querer, me juntei a um grupo de gurias que jogam semanalmente. Eu só fui duas vezes até agora, mas já me empolguei. E esse post não é sobre o vôlei em si, mas sobre o que girou em torno dele. E quando eu estiver falando do volei e das joelheiras, pensem além.

Achei um grupo que, ao meu ver, joga do jeito ideal. O jogo nem é tão brincadeira, a ponto de não se querer competir ou então jogar melhor, se aprimorar e querer vencer, mas também nem é tão sério, a ponto de sentir uma pressão para acertar, ou então um apego exagerado a todas as regras e normas do jogo oficial. Porque afinal de contas o que a gente quer é se divertir. bem assim como na vida.

Então, depois do primeiro jogo e antes do segundo, me dirigi a uma loja de esportes para comprar meu primeiro par de joelheiras. Quando me enxerguei toda feliz, comprando as tais joelheiras, pensei: "Só eu mesmo! Mal joguei uma vez e já tô toda empolgada comprando joelheiras sem nem mesmo saber por quanto tempo eu vou permanecer jogando". Me critiquei. Pensei em quantas vezes eu sou impulsiva, afobada. Mas depois parei e pensei que essa impulsividade pode também ser encarada como empolgação. E se tem algo a meu respeito que eu gosto é minha empolgação com as coisas, a minha vibração por qualquer coisa que me dê a menor alegria que seja. E quer saber? Joguei sábado com a joelheiras novas e amei. Porque eu quero me atirar, porque eu quero buscar as bolas mais dificeis, porque eu não quero ter medo. E se eu usar as joelheiras 5 vezes na vida já não terão sido em vão.

Eu preciso é lembrar que eu já tenho minhas joelheiras para os ferimentos da vida faz tempo. Já ralei muito os joelhos, já caí, já esfolei, já passei merthiolate e ardeu. Não é mais preciso se esfolar na vida adulta, porque já somos maduros e crescidos para adquirirmos nossas joelheiras, nossa própria proteção. Vamos cair muito ainda nessa vida, mas a gente já aprendeu como cair e pelo que vale a pena se atirar também.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Obrigada, Rilke

"Por isso, prezado senhor, eu não saberia dar nenhum conselho senão este: voltar-se para si mesmo e sondar as profundezas de onde vem a sua vida; nessa fonte o senhor encontrará a resposta para a questão de saber se precisa criar. Aceite-a como ela for, sem interpretá-la. Talvez ela revele que o senhor é chamado a ser um artista. Nesse caso, aceite sua sorte e a suporte, com seu peso e sua grandeza, sem perguntar nunca pela recompensa que poderia vir de fora. Pois o criador tem de ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si mesmo e na natureza, da qual se aproximou.

Mas talvez, depois desse mergulho em si mesmo e em sua solidão, o senhor tenha de renunciar a ser um poeta (basta, como foi dito, sentir que seria possível viver sem escrever para não ter mais o direito de fazê-lo). Mesmo assim não terá sido em vão o exame de consciência que lhe peço. Seja como for, sua vida encontrará a partir dele caminhos próprios, e que eles sejam bons, ricos e vastos é o que lhe desejo mais do que posso manifestar.

O que ainda devo dizer ao senhor? Parece-me que tudo foi enfatizado da maneira apropriada; por fim, gostaria apenas de aconselhá-lo a passar com serenidade e seriedade pelo período de seu desenvolvimento. Não há meio pior de atrapalhar esse desenvolvimento do que olhar para fora e esperar que venha de fora uma resposta para questões que apenas seu sentimento íntimo talvez possa responder, na hora mais tranqüila."

Rainer Maria Rilke, em Cartas a um Jovem Poeta.

apenas mais um post

Esse post não tem nenhuma mensagem, nenhuma moral, e nem esse blog como um todo tem a intenção de significar algo a mais além do que eu sou ou penso. Apesar de viver muito intensamente nessa filosofia do "crer para ver", não espero que os outros vivam da mesma maneira e eu mesma tenho dias em que não creio tanto assim. Mas isso não importa. Eu ainda sorrio e dou bom dia nos elevadores. Eu ainda jogo lixo no lixo, ainda ajudo quando vejo que alguém parece necessitar de algo. Eu ainda acredito no amor e em tantas coisas boas que eu carrego dentro de mim. Porque sim, geralmente eu acredito muito na vida e nas pessoas. Basicamente eu acredito em mim. Isso dá energia nos momentos de mais fraqueza, nos momentos em que as coisas não acontecem do jeito que a gente esperava.
E eu ainda consigo ficar feliz da vida só por perceber que chegamos em mais uma sexta-feira.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Parto

Nada do que digas pode doer tanto do que o silêncio da palavra engolida.

Nada do que eu fale pode arranhar tanto do que os gestos que já abortei.

É preciso renascer.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A saideira

- Sei lá, meu. Mas eu fiquei com aquela reportagem na cabeça a semana toda. E quer saber? Acho tudo uma grande palhaçada, e não entendo porque precisamos morrer.

- Nós não precisamos nada. Simplesmente morremos. Não achas que a vida seria ridícula demais se não houvesse fim? Quão patéticos seriamos sendo eternos. Quantas bobagens ainda maiores não cometeríamos em nome da infindável chance de podermos corrigi-las. Aqui não há chances, meu irmão. Temos a ilusão de oportunidades mas na verdade não há nenhuma. Cada atitude já passou e somos apenas espectadores dessas consequências. Eu tenho meu livro, o livro da minha vida, e tu tem o teu. Tu tem se preparado para o que tu escreves? Tens lido o dicionario? Tu segue uma sequência ou simplesmente vomita acontecimentos na tua historia? Vai dizer que isso não é de se pensar, hein?

- Mas quem disse que eu quero ordem e sequência? Quem disse que eu quero escrever alguma coisa? Eu sigo vivendo os acontecimentos à medida que eles se mostram, eu vivo a vida no agora. Não é isso que dizem? Viver o hoje? Tu mesmo tava dizendo aí que a gente não é eterno e tal!

- Isso tudo é uma baita desculpa! Desculpa furada! Para de entregar tua existência ao acaso e ao destino. Não existe destino. Existe uma escada, ou um espiral se tu preferir, que é essa nossa vida encadeada em fatos, historias e pessoas. E quer saber? No final não faz a menor diferença, porque o último capitulo da história chega para todos e é sempre o mesmo. Mas quantas paginas tem o teu livro hein? E é um livro de merda ou é um livro que pode até ser fino mas é inesquecível, tipo aqueles clássicos; e não tô falando isso para que tu me diga se vai ser bom ou não de ser lido por outros. Porque, meu amigo, ninguém dá a mínima para a tua ou a minha historia; ninguém vai te ler, irmão. A gente escreve para um leitor que não existe. Contamos nossa historia para um vento que não leva nossas palavras a lugar nenhum. Qual eco vai ficar? E vai servir para alguma coisa no final? É nisso que a gente tem que pensar.

- Sei la. Esse papo ta me deixando confuso.

- Pois é. Mas por falar em vento: Diz que chove amanhã no jogo, né?

- Bah, meu. Esse jogo tá me tirando o sono. Vai mais uma aí?

- Manda aí. A saideira.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Canibal

Vou devorá-la de maneira sutil, começando pelos cabelos. São castanhos, nem enrolados nem lisos. Aperitivos salgados e compridos, fios de idéias e eletricidades. Eu vou comê-la devagar, pedaço a pedaço, sentindo a carne por entre meus dentes. Hei de roê-la até os ossos.

Antes porém, quero lamber sua pele até sentir os arrepios, que lhe tornarão áspera, difícil de deslizar minha língua. Vou regá-la, então, com vinho e literatura, poesias e suas músicas preferidas, para que seu corpo dance, e seu ritmo acelere e eu possa sentir o coração pulsando em seu peito antes de dissecá-lo. Vou rasgá-lo e descobrir o que mora ali dentro.

Quero sugar suas pálpebras e dissecar o gosto de cada uma das lágrimas por ela ainda não pranteadas. Vou me deter em seu pescoço, sentir seu aroma antes de engolir sua cabeça por inteiro e regurgitar seus devaneios mais loucos, para que se propaguem com o vento e descobrir o que resta então dessa mulher.

Vou digerí-la aos poucos. Mal-passada, ainda crua. Algumas partes serão mais duras, com suas tensões e sobrancelhas franzidas. Outras partes carameladas, adocicadas. Seus dedos deixarei para o final; beijarei um a um, para que suas digitais fiquem eternizadas em meus lábios e cada nova palavra que eu repita traga consigo a voz e a vida dela, com seus códigos indecifráveis.

Vou mastigá-la e acabar com sua matéria física para ver o que sobra dessa alma, para ver o que resta de som e gosto dessa mulher que aniversaria temores e sorrisos. Que usa as palavras e é usada pela vida. Mas que só vive porque eu ainda consinto.

Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter


Então, abandonou qualquer culpa, abraçou suas dúvidas e seguiu sonhando e acreditando na vida, mesmo sabendo que as nuvens não passam de esperança do céu.

*com a música dos Engenheiros na cabeça, sei lá porquê.

domingo, 14 de junho de 2009

Eu sou o que você é

Ontem fui assistir ao filme "A mulher invisível" e saí do cinema surpreendida.

Um filme sem grandes pretensões veio a se tornar, na minha modesta opinião, um grande filme que fala basicamente sobre amor-próprio.

O personagem do Selton Mello, depois de uma desilusão amorosa, "conhece" a mulher dos seus sonhos, interpretada pela Luana Piovani. Aí a história se desenrola e eu não quero contá-la aqui para não estragar a curtição de quem quer e deve ir assisti-la nos cinemas. Especialmente pela atuação engraçadíssima do protagonista.

O ponto importante que me fez sair reflexiva do cinema foi reforçar a idéia que no fundo todos temos o nosso parceiro ideal, dos nossos sonhos, construído em nossa própria mente: em nosso inconsciente, em nossos desejos não satisfeitos, em nossas idealizações, projeções, no que gostaríamos de nos tornar, etc. Já é bem conhecido(mas nem sempre sabido) de que a pessoa perfeita não existe. Que ninguem pode preencher perfeitamente os vazios que cada um de nós carrega consigo. Por isso, ao ver o filme e entender o processo pelo qual passa o personagem e descobrir que aquela mulher é sua idealização e que ao amar a ela estava na verdade amando o que tinha de lindo dentro de si próprio foi muito importante.

Saí do cinema pensando quem seria meu namorado invisível, que homem eu construo e carrego dentro de mim que contém toda a minha beleza interior, minha idealizações e meus sonhos. Sei que ele tem se aproximado e eu tenho tentado viver e conviver com ele, descobri-lo, amá-lo, tratá-lo bem. Porque só então ele deixará de habitar somente minha imaginação.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

As tendências de nossas estações

Ontem, um feriado tranquilo em casa, zapeando a tv. Paro no canal GNT que transmitia os desfiles de algum "fashion alguma coisa - verão 2010".

Primeiro eu pensei que falar assim: dois mil e dez, faz com que a ficha caia de que realmente estamos sempre falando no futuro, como se 2010 fosse ano de filme de ficção científica. Mas já é ano que vem. Muito maluco isso...

Então, depois, um sentimento me bateu forte assistindo a esses desfiles na TV. "Só um pouquinho: já estão falando das tendências e roupas que vão ser usadas no próximo verão??? Mas o inverno a recém começou!" E foi então que (como sempre) minha mente começou a viajar rápido e pensei no quanto isso acontece com a gente, na vida. No quanto, assim como na moda, estamos sempre vivendo na próxima estação, sempre tentando antecipar "tendências", tentando antecipar atitudes, modas e costumes.

Sei lá se eu ainda estarei viva no verão de 2010. Sei lá se na próxima estação a tendência será os verdes, os amarelos, micro ou maxi saias, cabelos crespos, cabelos com escovas progressivas. Assim como nunca vou saber até viver, se em 2010 vou estar satisfeita com a minha vida, se estarei em outro trabalho, se estarei casada, grávida, solteira, separada... E afinal de contas, quem é que determina o que vai ser "moda"? De onde ou de quem ela vem?

A tendência é que eu vá (se Deus quiser) ficando cada vez melhor a cada estação, que eu vá encontrando minha própria moda, meu próprio jeito. E isso sim depende só de mim. Desliguei a TV e voltei para meus afazeres, para os meus livros e minha casa, meu canto que eu tanto tenho amado e curtido.

E, para esse próximo fim de semana, boa notícia: Especialistas dizem que a tendência é ser feliz.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

What do you want?



Sim, eu assisti pela décima vez e chorei pela décima vez assisitindo "The notebook".

E essa é minha cena preferida. Porque, no fundo, o que importa mesmo é essa simples pergunta e sua simples resposta.

domingo, 7 de junho de 2009

Slow food and fast thoughts in Gramado

Esse aqui é um blog de reflexões, devaneios e pensamentos. Mas por que não também de dicas gastronômicas? Afinal de contas, devanear comendo um bom filé e tomando um bom vinho em um ambiente perfeito se torna bem mais interessante, não?


Esse bistrô fica no caminho de Gramado, um pouco antes do pedágio. Tem várias placas no caminho sinalizando. O lugar é uma delícia, o cardápio melhor ainda. Resolvi registrar alguns momentos felizes:
Esse é o nome do lugar. Um espaço quieto e tranquilo.

Pronto. Já começou aí a diferença. SLOW FOOD! E quem me conheçe sabe que eu amo crianças, mas tem certos lugares e ocasiões nos quais silêncio e tranquilidade não tem preço.

O interior do restaurante. Cheio de detalhes, pequenos objetos decorativos e quadros. Pena que não deu para fotografar a trilha sonora deliciosa que tocava ali.

Esse foi o meu prato: medalhões de filé (perfeitamente mal passados ao gosto da cliente carnívora aqui) com molho de amoras e pirê de mandioquinha. Antes disso, uma saladinha temperada no prato, com folhas verdes, queijo gorgonzola e morangos. Minha mãe, que me acompanhava nesse momento difícil, pediu pato com pirê de maçã (ok, tem quem goste) e cuscuz.

A vista da nossa mesa, num belíssimo dia de sol.

A linda e delicada toalha.

Minha mãe e eu. Felizes.

O que: Restaurante Bistro Chalet Gourmand

Onde: Rua Antonio Schoeler, 2679 - Linha Imperial -Nova Petrópolis

Contatos: (54)32981098 - www.chaletgourmand.com.br chaletgourmand@chaletgourmand.com.br

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Prolixidades


Eu tenho adorado blogar, como todos já perceberam. Inclusive uma frase que já escrevi dizia que tenho que aprender a ser concisa sem ser prolixa. Não é fácil dizer coisas inteligentes, precisas e úteis em poucas frases. Como tudo na vida, o mais complexo é ser simples.

E eu sou prolixa, tenho dificuldade em transmitir o que desejo em menos de alguns parágrafos. Não sei por que. Mas eu, que sempre sou um furacão de idéias e opiniões, ando meio quieta. Ando sem saber o que escrever aqui. Eu, que posto praticamente todos os dias.

Mas resolvi começar a escrever alguma coisa mesmo assim, sobre esse vazio que eu ando sentindo nas idéias a serem aqui publicadas. Mas não é propriamente um vazio, porque isso dá a idéia de não se ter nada. E não é assim que eu sinto. Eu sinto que estou cheia de idéias, sentimentos e novidades que ainda não se anunciaram nem a mim mesma. Estou na espera. Mas não uma espera passiva. Uma espera ativa e reflexiva, que vem acompanhada de tolerância, paciência, controle e calma.

Não é fácil lidar com momentos em que estamos mais "para dentro". Nada do que venho pensando, sentindo ou descobrindo atualmente cabe publicar aqui, apesar deste ser um espaço também de desabafo, obviamente tem certas coisas que a gente aprende a suportar sozinha porque há que se resguardar. Muitas vezes penso que o blog funciona como esse espaço de "descarrego", onde não há julgamento direto (obviamente ele existe sempre, mas eu não enxergo e isso torna tudo mais fácil), mas acho que uma das grandes lições da vida, pelo menos para mim, é aprender a se suportar, se bastar, se conter.

Bom, ao menos postei alguma coisa.

Amanhã estarei em Gramado falando mais uma vez, ora vejam, sobre resiliência. Porque, no fundo, a gente fala sempre sobre o que precisa aprender e reforçar em nós mesmos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

perecíveis

Eu postei, segunda feira, sobre começar a semana fazendo notícia antes mesmo de saber daquela que chocaria o país e o mundo dali a alguns minutos.

São acontecimentos grandes demais para assimilar em nossa mente. São tragédias sem precedentes que nos mobilizam e nos tiram do nosso centro, abalam nossas certezas e nossa onipotência também. A gente se sente pequeno, mas sente também que viver não tem remédio, como diria o poeta. Não podemos deixar de viajar porque céu e estradas oferecem riscos. Não podemos deixar de sair às ruas porque o trânsito é violento. Não podemos deixar de viver pelo fato de simplesmente existir representar um risco. Mas assusta, sim, viver em dias como esses. Assusta estarmos tão vulneráveis quando somos seres tão cheios de desejos e sonhos. Assusta o valor que damos a pequenos problemas quando vemos que tem bens muito maiores em jogo todos os dias, a cada minuto.

Me senti pequena, vulnerável e humana.

E cada vez mais eu percebo que a gente precisa muito, crer para ver. Ou melhor, somente crer mesmo, sem a certeza de ver.

Só crer. Apenas crer.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Para começar a semana fazendo notícia



Emocionante a propaganda da Zero Hora. Que idéia simples e brilhante: lembrar que eu só vou ler as notícias que eu tanto desejo se eu fizer elas acontecerem de verdade para que sejam publicadas.

Mas as minhas notícias, os grandes eventos e fatos que eu desejo e vou fazer com que aconteçam nem precisam ser publicados no jornal. Serão manchetes que estarão estampadas nos meus olhos, no meu sorriso e na minha pele, para que somente as pessoas que eu amo e que me rodeiam saibam. O resto é lucro.

Que assim seja.