tag:blogger.com,1999:blog-19420861695536627122024-03-13T14:19:12.130-07:00Porque cansei de não chorarDevaneios, insanidades e minhas irrealidadesLuciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.comBlogger369125tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-31257138403111823192014-01-09T14:46:00.003-08:002014-01-09T14:46:32.272-08:00Olhos mágicos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-hILSasy7oJU/Us8mXxoS3YI/AAAAAAAABJY/U7gfrhvaSQE/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-hILSasy7oJU/Us8mXxoS3YI/AAAAAAAABJY/U7gfrhvaSQE/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora minha porta tem olho mágico. Fazia mais de um ano que, após uma reforma no apartamento, estávamos com um pequeno orifício em nossa porta à espera de um olho mágico.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei porque nesse tempo todo nunca pensei nessa necessidade, nunca me incomodei com aquele pequeno buraco na minha porta. Então, de presente de Natal um vizinho, aparentemente "do nada", presenteia-nos com esse pequeno objeto mágico. Cheguei em casa e já estava colocado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tanta diferença ao tapar um pequenino buraco. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi como se naquele instante minha porta tivesse mudado de status, como se agora ela fosse uma porta de verdade. Verdade também que praticamente não usamos mais olhos mágicos porque os interfones já nos antecipam quem chega e ninguém mais toca a campainha sem ter se anunciado antes.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a questão é: Por que aquele furo tão pequeno nunca me incomodou mas quando ele foi devidamente tapado me fez tamanho bem, como se minha casa estivesse mais cuidada? Por que menosprezei aquele furo? Por que me acostumei com minha porta porosa? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essas pequenas civilidades tão mundanas parecem dar um complemento a nossos rombos internos. Era só um pequeno buraco, pouquíssimas vezes olhei através dele - e enxergava mais farpas de madeira do que qualquer outra coisa - assim como poucas vezes olharei pelo meu novo olho mágico. Só sei que minha porta agora parece mais inteira, enquanto sigo buscando meus próprios olhos mágicos para tantos pequenos furos que ainda carrego dentro de mim.</div>
</div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-56262978733427584522013-12-22T05:10:00.001-08:002013-12-22T05:32:45.084-08:00Tornar-se Pessoa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Hoje pela manhã eu li a crônica da Diana Corso, psicanalista gaúcha, chamada "Escutando os fogos", onde ela trata sobre a euforia quase imposta e obrigatória em tempos de festas de final de ano. Concordo com ela que fechamentos - sejam quais forem - são complexos e exigem reflexão e por que não um pouco de silêncio também. Mas o que mais me chamou a atenção em seu texto foi quando ela rememora seus Natais passados com a avó e fala de uma caneca da casa dos pais que continha uma frase que ela jamais esqueceu. E então, falando da importância dessas primeiras frases inesquecíveis de nossas vidas, ela nos brinda com o seguinte pensamento: <i>"Pouco valorizamos a força das primeiras palavras que decodificamos por conta própria, saboreadas com paladar virgem. A leitura das primeiras frases, então, impõe verdadeiras jornadas filosóficas aos iniciantes." </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa própria frase me remeteu imediatamente ao meu primeiro poema da infância decorado, instintivamente. Até então eu sempre dizia que era uma frase e nunca recordava exatamente quem a havia dito ou escrito, nem por que. Mas eu adorava repeti-la, ainda adolescente, especialmente por achar lindo poder saber alguma frase poética de cor. Lendo Diana e a sua frase da caneca, lembrei da minha frase, que na verdade é um poema de ninguém menos do que Fernando Pessoa, que diz assim:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Teu olhar não tem remorsos</div>
<div style="text-align: justify;">
Não é por não ter que os ter,</div>
<div style="text-align: justify;">
É porque hoje não é ontem</div>
<div style="text-align: justify;">
e viver é só esquecer."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho absoluta certeza de que quando descobri esse poema e quando o decorei, não tinha nem vaga ideia de tudo o que ele representava. Nem tinha ideia de quem era Fernando Pessoa. Não sei que força essas palavras exerceram sobre meu paladar virgem, como Diana tão bem colocou. Viver é só esquecer, disse ele, quando eu tão jovem era. Quando eu ainda nem contabilizava memórias suficientes para armazenar em todo meu espaço. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje entendo que viver é esquecimento. Mas entendo também que para esquecer é preciso ter a capacidade de lembrar, é preciso ter a capacidade de armazenar lembranças. E sei também dos remorsos, dos meus, dos nossos, dos remorsos que se tornam rancores, dos remorsos que se tornam sorrisos e dos remorsos que viram enormes saudades. Hoje não é ontem, e o amanhã nunca chega... Quanta coisa me disse Pessoa para ouvidos ainda tão iniciantes, ouvidos brincalhões e um pouco surdos também - ainda bem. Jamais esqueci da primeira frase que eu na vida decorei. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Irônico eu decorar um poema que fala justamente que a vida é esquecer. Irônico eu começar a tentar me tornar pessoa decorando Pessoa. Irônica a infância ser o ontem que precisamos forçosamente esquecer. Irônica vida, tão bela, tão esquecida, tão ontem que não mais existe. Tão amanhã que nunca chega. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Link para a crônica da Diana: (<a href="http://www.marioedianacorso.com/escutando-os-fogos">http://www.marioedianacorso.com/escutando-os-fogos</a>)</div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-31128041962652346832013-12-07T06:49:00.001-08:002013-12-07T06:52:16.065-08:00Um poema para Ana Cristina Cesar<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-dhVcga6VKA8/UqM1D9x9DPI/AAAAAAAABJI/4DT2QBCl9L8/s1600/images-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-dhVcga6VKA8/UqM1D9x9DPI/AAAAAAAABJI/4DT2QBCl9L8/s200/images-1.jpg" width="175" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ana diz "angústia é fala entupida"<br />
Eu, que renasci de paradoxos,<br />
Hoje entendo que aprender a mentir<br />
ainda é o melhor caminho para descobrir-se verdadeiro<br />
Entendo que mastigar os cabelos molhados é comer-se um pouco,<br />
ser capaz de sentir o gosto de si e de tudo aquilo que nos voa<br />
<br />
Ana diz "angústia é fala entupida"<br />
Eu digo, parida da dúvida, escondida nas horas<br />
Que consegui enfim podar minhas raízes e que por ela, agradecida,<br />
Ainda hei de aprender a matar-me sem precisar morrer.<br />
<br /></div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-7525691896336377942013-12-05T17:35:00.003-08:002013-12-05T17:39:29.926-08:00Correios<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Por certo eu não preferiria ser invólucro <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
sem essência, mas cansa ser só conteúdo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
sem envelope que me envie de volta<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Envelope importa mais do que a carta<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Carta sem envelope é folha em branco<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Carta sem envelope é língua sem beijo.<br />
<span style="line-height: 200%;">Há tempos não me escrevo, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Reenvio<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-3lQkwpxDzBQ/UqEpj1RqgTI/AAAAAAAABIw/VF4LM8SmQHc/s1600/imgres.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-3lQkwpxDzBQ/UqEpj1RqgTI/AAAAAAAABIw/VF4LM8SmQHc/s1600/imgres.jpg" /></a></div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-14324965311929626022013-11-30T13:55:00.004-08:002013-12-05T17:53:57.951-08:00O drama é uma dor que não se vê<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-LDmxrs3JPG8/UppegdDRtYI/AAAAAAAABIA/v4ZiXVmmHtg/s1600/600304_207772059369785_880320508_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-LDmxrs3JPG8/UppegdDRtYI/AAAAAAAABIA/v4ZiXVmmHtg/s320/600304_207772059369785_880320508_n.jpg" width="256" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não há pior drama do que a impossibilidade de se viver um drama.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meu trabalho como psicóloga especialista em Oncologia chega a saltar aos olhos a quantidade de pacientes com câncer de mama que procuram pelo apoio psicológico justamente por esse motivo: O da impossibilidade de sofrer porque deveriam agradecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu explico: são pacientes oncológicas que quase não podem ser rotuladas como tais. Seus casos são bem iniciais (situação essa que, felizmente, tende a ser cada vez mais frequente) porque a doença foi detectada precocemente. Isso dá a elas a feliz possibilidade de não precisarem realizar a quimioterapia, tratamento mais conhecido, mais radical e por isso o mais temido em termos de efeitos adversos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O mais conhecido destes efeitos é a perda do cabelo. Muitas vezes é nessa hora que a paciente parece virar de fato, paciente. É quando ela está visivelmente em sofrimento para o meio externo, momento em que as pessoas então passam a protegê-la, questioná-la sobre sua condição emocional, poupa-la de determinados assuntos ou situações porque ela "precisa de apoio". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas e quem não usa lenço ou chapéu? Quem não carrega nenhuma denúncia visivel em seu corpo de que algo se passa com ele? Quantas pessoas que você nem imagina cruzam a rua por você diariamente e podem secretamente estar lutando contra uma doença grave, seja ela crônica ou aguda, letal ou não. O fato é que essas pacientes buscam o apoio emocional justamente para poderem ter o espaço, o direito de poder sofrer. Porque familiares e pessoas a sua volta não permitem, não admitem (por fragilidade e não má intenção) terem de se deparar com a tristeza, porque essa pacientes precisam, ao contrário de sofrer, agradecer a "sorte" de terem detectado a doença bem no início e não precisarem fazer quimioterapia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sorte? Sorte é de quem passa pela vida sem ter de se confrontar com sua finitude dessa forma tão direta, tão sem trégua que é a vivência de um câncer. Tem aprendizados? Evidente. Muitas vezes é só vivenciando algo dessa magnitude que muitas pessoas conseguem perceber o quanto somos onipotentes e por isso perdemos tanto tempo e tantas oportunidade pela nossa fantasia de eternidade. Mas o que essas mulheres vêm buscar quando buscam um atendimento psicológico me parece algo que está em falta em vários âmbitos e aspectos: a possibilidade de se estar em sofrimento mesmo sem ter "motivo".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas quem saberá de fato qual é o verdadeiro motivo que justifica um sofrimento, um choro compulsivo? Quem sou eu ou você para julgar alguém que chora porque manchou de forma definitiva sua blusa caríssima preferida? Por que só quem está morrendo teria o direito de chorar? Por que temos que esperar as coisas estarem péssimas para chorar e então, seguindo a mesma lógica, espetaculares para termos o direito de celebrarmos com alegria desenfreada? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Medidas, limites,... Reações não tem fórmulas nem protocolos. Eu me concedo o direito de chorar por cada uma de minhas dores, o direito de me arrepiar de alegria com o mais bobo dos acontecimentos. Porque a vida não traz nenhuma garantia de que termine bem; nem mal. Mas termina. Essa é a certeza. Então esteja certo de chorar ou sorrir quando quiser, porque querer já é um pouco precisar.</div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-55673467633838102062013-11-24T15:50:00.001-08:002013-11-24T15:50:25.116-08:00Peças<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-89KdnclheUo/UpKQlcMCwpI/AAAAAAAABGs/Uho7VFhaJYE/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-89KdnclheUo/UpKQlcMCwpI/AAAAAAAABGs/Uho7VFhaJYE/s1600/images.jpg" /></a></div>
<br />
Enquanto o mundo anda maquiado, eu sigo com a cara lavada.
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto outras unhas estão sempre pintadas, as minhas vão se quebrando cruas, por aí. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já faz tempo que não sei atuar, que não sei dançar conforme a música, que não sorrio com facilidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda assim, fico olhando para esse mundo perolado e sei que sou parte dele, que faço parte do grande teatro e que talvez tudo isso que sinto não passe de uma enorme vaidade disfarçada de comiseração.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não sei de festa alguma; sei mesmo é da peça de nossos tempos, onde tudo parece palco sem bastidores. Ninguém esconde mais nada dos outros para seguir escondendo de si próprio. E talvez eu mesma, com essa necessidade de me esconder e reencontrar minhas coxias, de abandonar por um tempo esse grande palco, seja a maior e mais astuta atriz que já conheci.</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-58190087936879145812013-10-27T05:35:00.002-07:002013-10-27T05:45:53.858-07:00Gérberas mortas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-YORzD6dfoyA/Um0IDztL_AI/AAAAAAAABFM/mG5weM5-_Os/s1600/imgres.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://4.bp.blogspot.com/-YORzD6dfoyA/Um0IDztL_AI/AAAAAAAABFM/mG5weM5-_Os/s320/imgres.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
Chego em casa e vejo tuas gérberas
começando a morrer. Elas tem a cabeça baixa, derrotadas da mesma maneira que eu
me senti segundos atrás quando fechei a porta para o mundo lá fora. <span style="line-height: 200%; text-indent: 36pt;">Caminho em direção ao quarto te vejo ali deitado, inerte. Cansado de nossas batalhas verbais, talvez exausto de tua
própria vida, de tuas próprias brigas. Sei que sofres tanto quanto eu, que usas
tua capacidade de fuga tanto quanto eu. Ofereço o melhor sorriso possível, quem
sabe um copo de coragem, mas nem recusas, não respondes, apenas me sorri de
volta. Mas quando enruga os teus olhos percebo, devido ao erguer dos músculos faciais, que eles se encolhem e testemunho ali um milagre nunca visto naquele rosto. Um
milagre pelo qual eu sempre pedi, sempre desejei que estivesse ali, mas nunca verbalmente
requisitei, pois há coisas que não são passíveis de pedido, simplesmente
precisam acontecer por conta própria: Eu vi lágrimas em teus olhos. Sabia o que
aquilo significava, sabia que aquele autorizar de lágrimas não era para mim,
era para ti mesmo. Alforria para tua solidão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
Te amei instantaneamente naquele segundo,
amei aquelas lágrimas acumuladas em tuas pálpebras cansadas. Elas nem
precisaram cair. Era só uma alegria por saber que existiam e estavam ali. Sorri mais
uma vez, mas desta vez um sorriso honesto, também um fenômeno do qual eu não me
recordava de reproduzir. Atiro um beijo com minha mão direita, suada por andar sempre
tão fechada, tão apertada. Não sei o que tu compreendeu desse beijo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Deixo a
porta do quarto em lágrimas, estas sim sempre estiveram comigo, não sei se
sabias. Entendi a resposta para a minha chegada, entendi a resposta para as tuas
gérberas: lágrimas. Simplesmente lágrimas. Derramei então a mais pura água sobre
nosso vaso esquecido, adorno protocolar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
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<!--EndFragment--><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
Deitei-me no sofá, exausta, longe de ti e
ao mesmo tempo mais próxima do que posso me recordar, e vou adormecendo, observando
atentamente aquelas gérberas murchas, torcendo para que elas <span style="text-align: left;">me despertem amanhã.</span></div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-53946163149214344982013-07-19T13:33:00.001-07:002013-07-19T13:50:36.720-07:00Vida, interrompida<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxUp6a9KkkHSWdaB_3E-v58UMkBF7SK80NvvlBbCU0WE7AF1LmWd6s4e5mDgDCZgcoTH2j8rbzejoY8D7tSdQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"I feel tougher and braver". Assim define-se a americana que resolveu mostrar ao mundo a sensação de </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">enfrentar um câncer antes dos 30. A série de vídeos tem o nome de "Life, interrupted", e foi produzido pelo New York Times e já indicado ao Emmy 2013!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Uma maneira direta e verdadeira de compartilhar as dores e as lições de passar por uma </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">situação como esta. Ainda estou trabalhando para colocar legendas, mas para quem já </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">puder compreender, as lições que ela traz fazem-nos pensar que a vida vale sempre a </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">pena, não importa qual seja. E embora nossa vida possa ser sempre e a qualquer momento interrompida, pode e deve ser </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">retomada de uma maneira muito mais verdadeira e forte.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Bom final de semana!</span></div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-31052109848348899462013-07-15T11:10:00.001-07:002013-07-15T11:10:24.892-07:00O resgistro de uma dor invisível<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36pt;"> <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> O câncer é um estereótipo, quase um
clichê, assim como a vida. O ensaio publicado por Ângelo Merendino em homenagem
à batalha que sua esposa travou diante de um câncer de mama é retratada em
fotos contundentes, afetivas e impactantes, que tem como propósito a busca por
um olhar menos preconceituoso e temeroso sobre quem vive esse diagnóstico.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-OOmVrsr7z8s/UeQ4xc3RinI/AAAAAAAABDc/_dI9tXKRDtw/s1600/Squarespace-1-of-30.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="http://1.bp.blogspot.com/-OOmVrsr7z8s/UeQ4xc3RinI/AAAAAAAABDc/_dI9tXKRDtw/s320/Squarespace-1-of-30.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-r-DRlNG3_Qk/UeQ48BvV8fI/AAAAAAAABEk/IodCy6bEKRA/s1600/Squarespace-4-of-30.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-r-DRlNG3_Qk/UeQ48BvV8fI/AAAAAAAABEk/IodCy6bEKRA/s320/Squarespace-4-of-30.jpg" width="214" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um
olhar ingênuo diria que são fotos em cronologia, desde o início do
relacionamento do casal até o início do tratamento quimioterápico culminando
com a morte de Jennifer, sua esposa. Porém, esse ensaio é muito mais do que
isso. <span style="color: #303030;">O objetivo de Ângelo foi fazer com que as
pessoas conhecessem mais sobre a doença, fizessem um exercício de empatia e,
mais do que tudo, ele queria mostrar que o apoio e a vontade de viver do
paciente é fundamental. Nas imagens podem-se perceber detalhes importantes. É
marcante em muitas delas o olhar dos outros frente à esposa. Olhares de
surpresa, de compadecimento, de incompreensão. As pessoas tem muita dificuldade
em enxergar sua própria finitude diante de seus olhos. Somos uma sociedade
embriagada de uma ilusão de imortalidade que só é rompida – quando o é – por
situações como essa, por pessoas que decidem se expor e mostrar suas fragilidades
para que as pessoas possam sensibilizar-se e pensar também sobre como vem
vivendo suas próprias vidas e como elas próprias agiriam caso se vissem diante
de um desafio como o que Ângelo e Jennifer enfrentaram. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-742vf2i7iGQ/UeQ4586uhTI/AAAAAAAABEM/ywYSeip1Mww/s1600/Squarespace-5-of-30.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://3.bp.blogspot.com/-742vf2i7iGQ/UeQ4586uhTI/AAAAAAAABEM/ywYSeip1Mww/s320/Squarespace-5-of-30.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-JEhUsnDHWKY/UeQ47r_op3I/AAAAAAAABEc/-kkrfrWVn5E/s1600/Squarespace-7-of-30.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://2.bp.blogspot.com/-JEhUsnDHWKY/UeQ47r_op3I/AAAAAAAABEc/-kkrfrWVn5E/s320/Squarespace-7-of-30.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-6OA0sTBO2EY/UeQ44M1gyAI/AAAAAAAABD0/hJDDavd4Ev4/s1600/Squarespace-13-of-30.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-6OA0sTBO2EY/UeQ44M1gyAI/AAAAAAAABD0/hJDDavd4Ev4/s320/Squarespace-13-of-30.jpg" width="211" /></a><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Dlq_k7H5KkY/UeQ48K7nY4I/AAAAAAAABEo/PwAaAr-37uQ/s1600/Squarespace-7-of-30b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://1.bp.blogspot.com/-Dlq_k7H5KkY/UeQ48K7nY4I/AAAAAAAABEo/PwAaAr-37uQ/s320/Squarespace-7-of-30b.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ut1bHeLQ-Q8/UeQ44xu-YfI/AAAAAAAABEA/Q1Q_wAqDvAk/s1600/Squarespace-26-of-30.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-ut1bHeLQ-Q8/UeQ44xu-YfI/AAAAAAAABEA/Q1Q_wAqDvAk/s320/Squarespace-26-of-30.jpg" width="211" /></a></div>
<br />
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-B1iEoP7VM4I/UeQ446GhlhI/AAAAAAAABD8/Dey5vlJkkvw/s1600/Squarespace-29-of-30d.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="http://2.bp.blogspot.com/-B1iEoP7VM4I/UeQ446GhlhI/AAAAAAAABD8/Dey5vlJkkvw/s1600/Squarespace-29-of-30d.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"> </a><br />
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: #303030; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ouse olhar cuidadosamente para essas lindas imagens. Não porque
a morte seja linda, porque sabemos que não é, mas porque a vida é linda, e
precisamos constantemente lembrar que não é eterna, que não somos imbatíveis. Por
vezes, a melhor forma de curar uma dor - como a de perder uma jovem esposa para
uma doença ainda tão incompreensível como o câncer - pode ser torna-la concreta
e palpável, mesmo que através de imagens, para digeri-la com menos sofrimento e
para mostrar a outras pessoas que é preciso estar-se atento ao próprio corpo,
atento à própria vida, para que não a percamos mesmo quando ainda temos saúde.
Esse ensaio é o retrato de uma batalha de 5 longos anos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: #303030; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: #303030; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Se valeram a pena? Ele afirma que não trocaria esses 5 anos que viveu com ela por nada no </span></span><span style="color: #303030; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; text-indent: 36pt;">mundo.</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-B1iEoP7VM4I/UeQ446GhlhI/AAAAAAAABEE/rysd5yNHxFo/s1600/Squarespace-29-of-30d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://1.bp.blogspot.com/-B1iEoP7VM4I/UeQ446GhlhI/AAAAAAAABEE/rysd5yNHxFo/s320/Squarespace-29-of-30d.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Fonte: http://www.hypeness.com.br/2013/03/marido-registra-5-anos-de-luta-de-sua-mulher-contra-o-cancer-em-fotos-emocionantes/</div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-49299725051915712082013-07-15T09:50:00.003-07:002013-07-15T09:50:54.527-07:00Matéria da Revista Eléve Jun/Jul 2013<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-i-deHG7Jas4/UeQoExYoUkI/AAAAAAAABDM/5kDbpU5ANhI/s1600/Comportamento_Luciane+Slomka.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-i-deHG7Jas4/UeQoExYoUkI/AAAAAAAABDM/5kDbpU5ANhI/s640/Comportamento_Luciane+Slomka.jpg" width="484" /></a></div>
<br /></div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-53993323879495430162013-07-09T20:03:00.003-07:002013-07-09T20:14:12.162-07:00AMORTE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-wRT99z6D_9E/UdzRdryubxI/AAAAAAAABBY/HMoXsPybyHA/s1600/215138.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-wRT99z6D_9E/UdzRdryubxI/AAAAAAAABBY/HMoXsPybyHA/s320/215138.png" width="320" /></a></div>
<br />
Qual foi a primeira palavra que vocês leram aqui? Amor?
Morte? A morte? Como pode amor e morte se unirem de tal forma? Serão
sentimentos opostos? Certamente não. E hoje, meu enfoque ao tratar de um tema
tão amplo, tão multifacetado mas ao mesmo tempo tão singelo e simples será
abordar o amor sob a ótica da morte, o amor como companheiro inseparável da
vida e da morte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O dicionário me surpreendeu com os seguintes significados
para a palavra amor: <b><span style="background: white; color: black; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1</span></b><span style="background: white; color: black; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> Sentimento que impele as pessoas para o que
se lhes afigura </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #c0504d; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-themecolor: accent2;">belo, digno ou grandioso</span></i><span style="background: white; color: black; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">. (Ora, o que será belo, digno ou grandioso?)
<b>2</b> Grande afeição de uma a outra pessoa de sexo contrário. (sexo
contrário? Como?) <b>3</b> Afeição, grande amizade, ligação
espiritual. <b>4</b> Objeto dessa afeição. (Sim, o amor requer um
alvo)<b>5</b> Benevolência, carinho, simpatia. <b>6</b> Tendência
ou instinto que aproxima os animais para a reprodução. <b>7</b> Desejo
sexual. <b>8</b> Ambição, cobiça: <b><i>Amor do ganho. </i>9</b> Culto,
veneração: <b><i>Amor à legalidade, ao trabalho. </i>10</b> Caridade. <b>11</b>Coisa
ou pessoa bonita, preciosa, bem apresentada. <b>12 <i>Filos</i></b> Tendência
da alma para se apegar aos objetos.</span><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Quantas palavras importantes e que nos fazem pensar. Mas
nenhuma dessas definições consegue para mim, defini-lo. Porque ele é
indefinível. Amor é afeição, amizade, ligação e também poder e cobiça. Flávio
Gikovate escreveu há pouco tempo o texto “O amor no terceiro milênio”, onde diz,
entre tantas coisas interessantes, que a <span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">palavra
de ordem deste século é parceria. “Estamos trocando o amor de necessidade pelo
amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">preciso</i></b> dela- o que é
muito diferente.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Fato, o amor mudou.
Nossas exigências também mudaram e nossos medos também. Realmente, parece que
ninguém mais necessita de um amor para ser feliz. Mas será mesmo? Será que não
seguimos, em nossa essência, os mesmos apaixonados dos versos de Luiz de
Camões, feridos de uma dor que não se sente, padecendo de um contentamento
descontente? Acho que estamos em uma década de negação da necessidade e da
dependência. Parece fraqueza precisar. Eu entendo a necessidade como uma luta
contra a morte. Não a morte orgânica, concreta, mas sim a morte emocional,
morte da metáfora. Precisar nos faz inventar, e é inventando novas formas de
amor que nos tornamos eternos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Morre-se de amor em
filmes, na literatura, nas canções. O amor precisa da morte assim como a morte
precisa da vida. E por mais que pareça incompatível, a morte está impregnada de
amor e o amor impregnado de morte. Se não soubéssemos que vamos morrer,
viveríamos mal, e ao não saber que temos um prazo de validade, viveríamos como
se fôssemos eternos. E mesmo sabendo, já vivemos dessa maneira, já somos tão
descuidados com nossos afetos... Com o amor a coisa funciona mais ou menos do
mesmo jeito. Precisamos temer que acabe para cuidar e querer mantê-lo, cuida-lo,
mas também não podemos a toda hora temer que acabe e que vamos perde-lo pois do
contrário amar seria tarefa insuportável e torturante. Ufa. Como amar e
precisar sem sucumbir? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Talvez Hilda Hilst me
ajude com essa: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">“Estou viva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Mas a morte é música.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">A vida, dissonância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Minha alegria é como<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Fim de outono porque <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Tive nas mãos ainda
flores<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Mas flores estriadas de
sangue.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Há cristais coloridos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Nos teus olhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Vida viva nos teus dedos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Estou morta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Mas a morte é amor.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Estou morta mas a morte
é amor. Amar é um pouco morrer-se, abandonar-se à sorte de se ver no outro. E
como assusta essa entrega. Assusta porque enxergamos no outro o que somos, e
independente de isto ser algo bonito ou não, é difícil ver uma parte nossa detendo
tanto poder sobre nós e com vida própria, autônoma. A impotência de percebermos
que não podemos controlar nem nosso próprio pedaço que demos aquele outro - e
na verdade a gente esquece que “deu” esse pedaço, parece mesmo é que ele nos
foi tomado por esse alguém que antes era um desconhecido. Então eu tento
controla-lo. Tento dominá-lo. Morrendo de medo, morrendo de amor, morrendo de
ciúme quando não me sinto exclusiva. O ciúme, assim como o amor, também é uma
morte. E ao meu ver, uma morte ainda pior do que a verdadeira. O ciúme, nos diz
Roland Barthes, é um sofrimento para quem o sente, mais do que para qualquer
outro. Diz ele: “Como ciumento, sofro 4 vezes: porque sou ciumento, porque me
reprovo por sê-lo, porque temo que meu ciúme fira o outro, porque me deixo
sujeitar por uma banalidade: sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser
louco e por ser comum”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Ciúme também é morte
porque no momento em que estamos enciumados matamos a dupla que formamos com o
nosso ser amado e inserimos uma terceira pessoa, que nem mesmo é aquela para
qual dirigimos toda nossa hostilidade. A morte é de nossa imagem perante nós
mesmos. Quando sinto ciúmes estou me matando, estou matando um sentimento de
entrega e afeto e inalando perda. A dupla vira um trio e esse triangulo perfura
minha identidade de apaixonada. Não acho saudável a ausência completa de ciúmes,
até porque quem ama sempre teme a perda. Um dos meus filmes favoritos de todos
os tempos, é o “ADAPTAÇÃO”, onde Nicholas Cage interpreta irmãos gêmeos,
escritores. Um é o irmão artista, famoso, que deu certo. O outro é o irmão
tímido, introspectivo, com a autoestima derrubada e frustrado, sempre
enxergando no irmão o retrato do que nunca conseguiu se tornar. Então, na minha
cena favorita, ambos estão se escondendo de um casal em um pântano. O irmão até
então corajoso e destemido aparece apavorado, sem saber o que fazer, mencionando
seu grande medo de morrer. Ele diz:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">“ - Não quero morrer,
Donald, não quero morrer! Eu desperdicei minha vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Não diga isso, e você
não vai morrer!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Desperdicei,
desperdicei... Eu te admiro, Donald. Sabia? Passei a vida paralisado, me
preocupando com o que as pessoas pensavam de mim, e você, você tão distraído...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Não sou distraído.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Não, você não entende.
Isso é um elogio! Uma vez na escola eu estava vendo você pela janela da
biblioteca. Você conversava com a Sarah Marsh.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Ah, eu estava tão
apaixonado por ela....<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Eu sei. E estava
paquerando ela. Ela estava sendo gentil com você...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Eu me lembro disso...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Quando você saiu, ela
começou a debochar de você com uma amiga. Foi como se elas estivessem rindo de
mim. E você, não sabia de nada...parecia tão feliz...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Eu sabia. Eu ouvi tudo
que elas falaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Então por que estava
feliz?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Eu amava Sara,
Charles. Aquele amor era meu. Pertencia a mim. Nem Sara tinha o direito de me
tirar ele. E eu posso amar quem eu quiser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- Mas ela te achava
patético!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">- (Ele ri) Bom, isso era
problema dela, não meu. VOCE É O QUE VOCÊ AMA, NÃO O QUE AMA VOCÊ. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Nós somos o que amamos,
não o que nos ama. E isso nos dá poder, mesmo que nosso amor esteja depositado
no outro, ele é nosso, está em nós e por isso nos pertence. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Eu trabalho ha quase dez
anos com pacientes oncológicos em um hospital. Lido com perdas e mortes reais.
E o amor está ali o tempo todo. Amor vivido, amor escondido, amor subjugado,
amor mal vivido. Na hora em que vemos nossa finitude nos encarar, é preciso
recorrer a essa capacidade de amor que temos, uns mais outros menos. E nem por
isso, nem mesmo frente ao caos, precisamos sucumbir. Porque o que afoga não é a
enchente, o que afoga é não saber nadar. Para quem não aprendeu a nadar até
lago parado afoga. E o amor é isso, lago parado e oceano ao mesmo tempo, às
vezes calmo, às vezes com correntezas. A questão é a nossa capacidade de estar
sempre aprendendo novas técnicas para nadar em mares tão bravios. Vejo pessoas
morrendo mal. E chamo morrer mal de morte com relações vazias, com coração
vazio. Pessoas que morrem sem terem se despedido, sem nunca terem conseguido
dizer que amam aqueles que amam. Isso para mim é o maior dos desamores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-19258907838181162152013-05-29T11:40:00.001-07:002013-05-29T11:41:27.504-07:00Voltando a crer!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Após meses de ausência, mas nunca sem abandonar a literatura, volto a escrever por aqui trazendo meu segundo texto como colaboradora do site Literatortura. Espero que gostem. Estou de volta.<br />
<br />
<a href="http://literatortura.com/2013/05/29/ate-a-morte-fotografo-retrata-o-avanco-do-cancer-em-sua-esposa-e-comove-o-mundo/">http://literatortura.com/2013/05/29/ate-a-morte-fotografo-retrata-o-avanco-do-cancer-em-sua-esposa-e-comove-o-mundo/</a></div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-24952847741823673202012-12-08T18:10:00.001-08:002012-12-08T18:10:30.259-08:005 MINUTOS PARA AS 7<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-EIgFG6y1nP0/UMPy9gdzuBI/AAAAAAAABA4/ej6zOe5fNPk/s1600/2349184.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="202" src="http://4.bp.blogspot.com/-EIgFG6y1nP0/UMPy9gdzuBI/AAAAAAAABA4/ej6zOe5fNPk/s320/2349184.jpeg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Eu desperto antes mesmo do alarme tocar</span><br /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Sozinha, prestes a ser arremessada à realidade</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">pelo meu sono leve que não me leva</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Uma dor aperta meu peito e impede que eu me mova:</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Inacreditável ter que recomeçar </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Impensável suportar esse viver fugaz</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">
Me dói pensar em quem não pensa<br />Me cansa sentir por quem não sente<br /><br />Tudo parece estúpido e pastoso<br />E acordar torna-se uma tarefa vã.<br />Uma repetição de respirações e aspirações,<br />fôlegos e suspiros que mensuram uma vida.<br /><br />Mexo-me, com dificuldade e preguiça,<br />Tocando em seu corpo quente e liso.<br />Ele nem parece saber de toda essa minha violenta angustia<br />Dorme calmo, protegido de mim e de toda essa finitude<br /><br />O despertador finalmente toca<br />Eu levanto e me adormeço.</div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-7869504069763347622012-11-12T13:11:00.002-08:002012-11-12T13:11:51.718-08:0018 horas e 30 minutos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
Ontem sonhei com minha mãe. Sonhei que ela
ainda não havia morrido, mas que já estava prestes a partir. Eu estava
preocupada em enxergá-la, em saber como estava se sentindo - se tinha medo, se queria
falar sobre isso. Em nenhum dos sonhos que já tive com ela nesses 3 meses consigo
ter certeza se posso ou não ajuda-la. Não sei se a ajudei quando ela partiu.
Fui eu quem estava ao seu lado no momento final. Ela respirava com dificuldade.
Cada inspiração era um esforço descomunal. Teimava em permanecer viva. O tempo
entre uma respiração e outra foi crescendo e eu percebi o que estava
acontecendo. Só pensava nas palavras “Pode ir, mãe. Pode ir, mãe”. E ela foi. E
ainda assim não sei se a ajudei. Não sei se conversei com ela o tanto quanto eu
gostaria para poder me despedir. Era uma sexta-feira, 18 horas e 30 minutos. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
O adeus nunca parece o suficiente. Eu
conversei com ela muitas vezes sobre isso, e sei que ela sabia que estava
prestes a morrer. Olhando para trás fica difícil não pensar que algo a mais poderia
ter sido dito, que algo a mais não deveria ter sido feito. Eu pedi a ela para
que, caso houvesse algo além deste mundo, ela me avisasse, que se comunicasse
comigo. Até agora o único sinal são os sonhos recorrentes. A Psicologia explica-os
como uma forma de elaboração do luto. Eu não quero explicação nenhuma, mas sei
que esses sonhos ajudam-me a suportar o nunca mais. Somos tão fracos, tão despreparados para o
não existir. Eu ainda venho aprendendo a conceber essa impossibilidade. P<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">erder a possibilidade da imaginação do
reencontro é a pior das saudades. Era uma sexta-feira, 18 horas e 30 minutos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Nossa
relação não era como nos filmes, nem como nas novelas. Houve conflitos, diferenças,
brigas e uma luta enorme da minha parte para adquirir minha autonomia
emocional, para me descolar de um modelo que não me servia, como uma roupa
larga demais que insistimos em usar e faz com que sumamos em meio aos panos
todos e percamos nossos contornos. Eu me agradeço por ter feito esse desencaixe
emocional antes dela partir. Quando eu estava agachada ao lado dela naquela
cama dizendo “Pode ir, mãe. Pode ir”, eu estava dando adeus a Sara, não a
Luciane. Era sexta-feira, 18 horas e 30 minutos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Mas a
Luciane que fica sente saudades. Uma saudade que vai se ajustando e transformando
com o passar do tempo. Sei que hoje ela ainda é muito física. Parece uma longa viagem
das tantas que ela fez ao longo da vida e da qual logo estará de volta. E a
realidade confronta-me com um tapa forte na cara, arrasta-me para o prosseguir,
nessa vida que muitas vezes arranca-me qualquer sentido maior. E me pego a
questionar porque essa vida maluca, porque tudo isso que fazemos, trabalhamos e
corremos, dormimos mal e amamos mal. Era sexta-feira, 18 horas e 30 minutos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: "lucida grande"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Eu gostei
dela ter falecido no final da tarde. Tenho uma teoria completamente empírica
que pacientes terminais não terminam pela manhã. A grande maioria morre no
final de tarde e principalmente à noite. A manhã não pode conter a morte,
porque a manhã é esperança, é recomeço, é vida. A manhã é o amanhã, mesmo nos
acusando que acaba de ter enterrado o ontem. Manhãs não matariam, jamais.
Manhãs podem empurrar, esmagar, sufocar, às vezes, mas jamais matar. Eu amo as
manhãs que me em<a href="" name="_GoBack"></a>purram, mesmo me perguntando em muitas
delas o porquê disso tudo, o porquê do perder, o porquê desse maldito nunca
mais que me faz perder a compreensão de tudo que diz fazer sentido.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-6220921714646837812012-10-27T06:48:00.000-07:002012-10-27T06:48:09.628-07:00Participação na Feira do Livro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-6JkU6PeeUVY/UIvleLuNYGI/AAAAAAAABAo/ETZnQ2rgh7c/s1600/133397_363652880383212_1167957743_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-6JkU6PeeUVY/UIvleLuNYGI/AAAAAAAABAo/ETZnQ2rgh7c/s320/133397_363652880383212_1167957743_o.jpg" width="215" /></a></div>
Estarei autografando a antologia de crônicas Santa Sede, na qual tenho 9 textos escritos.<br />
<br />
Convido a todos a dividirem comigo esse momento importante.<br />
<br />
Será no Domingo, 04 de novembro, a partir das 18 horas, no Pavilhão de autógrafos.<br />
<br />
ESPERO TODOS LA!</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-83687262073838037852012-10-27T06:42:00.000-07:002012-10-27T06:42:06.130-07:00Participação na Rádio Gaúcha<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Hoje tive o privilégio de participar do programa Super Sabado, da rádio gaúcha, falando sobre o tema "perdas". Foi uma oportunidade muito rica, para atender ligações de ouvintes que traziam suas perdas e suas dificuldades e meios para enfrentá-las.<br />
<br />
A grande verdade é que somos seres limitados, e que temos dificuldade para lidar com nossa finitude. Mas saber aprender com as perdas é a melhor forma de crescer.</div>
Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-60551570460133337362012-06-28T12:09:00.002-07:002012-06-28T12:09:24.676-07:00as saudades da minha mãe<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
São particulas de oxigênio que eu respiro diariamente. são segundos de uma ausência física e principalmente de uma materialidade mental. <br />
<br />
Perder a possibilidade da imaginação do reencontro é a pior das saudades. </div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-58046890911184977692012-06-26T11:34:00.002-07:002012-06-26T11:34:26.231-07:00Levantamentos de necessidades<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
- Tomar uma taça de vinho à tarde (qualquer tarde)<br />
- Terminar de escrever meu livro que ainda não existe<br />
- Arrumar a minha casa de modo que ela me arrume um pouco também<br />
- Ler um capítulo de um livro diferente por dia<br />
- Estudar Espanhol e Francês ( o primeiro, por necessidade, o segundo, por capricho)<br />
- Fazer as unhas religiosamente uma vez por semana<br />
- Escrever sobre a ausência do meu passado<br />
<br />
.............</div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-91764429012535926602012-06-13T09:34:00.003-07:002012-06-13T11:21:40.500-07:00Dos dias pétreos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-xb6ommiMOos/T9jFxIEg1vI/AAAAAAAAA-0/cmHaYCpfGoA/s1600/imagesCA236QP9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" pca="true" src="http://2.bp.blogspot.com/-xb6ommiMOos/T9jFxIEg1vI/AAAAAAAAA-0/cmHaYCpfGoA/s1600/imagesCA236QP9.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Tem dias em que eu não me respeito: eu praticamente me obedeço</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Tem dias em que eu não me reconheço: eu praticamente me desconstruo.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Tem dias em que eu não me surpreendo: eu praticamente crio meu próprio pavor.</div>
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
São dias em que as construções denunciam meus relevos e falésias. Dias onde a minha arquitetura desaba em rabiscos fracos, quase nulos. Eu sou uma absorção que o vento fez das idéias do mundo, sou uma camada fina de ódios.</div>
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
E estes não são, por isso, dias menos iluminados ou claros. São simplesmente dias de estar em mim em um descontínuo compasso. </div>
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Pois o dia dos finais que não chegam nunca, mas dormem sempre ao meu lado, respiram em minha nuca todas as desverdades que eu jamais ousei pensar.</div>
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Pensamento é boca calada e ouvidos rasgados. </div>
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou cheia de pensamentos vagos espalhado sobre todos os líquidos que o mundo ousa petrificar.</div>
</div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-73410200090756128342012-05-25T11:13:00.003-07:002012-05-25T11:15:11.518-07:00O dia em que o adeus passar por aqui<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
No dia em que o adeus passar por aqui, digam a ele que não eu quis mais esperar, </div>
<div style="text-align: justify;">
que fui embora, que parti para longe, farta desses finais que não se encerram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Digam a ele que já sofri demais esperando os desfechos, que já aprendi o que precisava sobre o tempo e as escolhas, sobre existir e reviver. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele vai chegar manso, com roupas rotas e sujas, vocês vão ver... Porque o adeus adora se perder e é constantemente maltratado por quem não o compreende.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Digam a ele que eu o odeio por nunca ter aparecido para mim enquanto esperei, e que minha revolta é porque eu nunca teria feito a ele nenhum mal. Ao contrário de muita gente, eu prezo o adeus, não o temo e dele não fujo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes um adeus bem recebido do que até logos que nunca terminam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu vou partir, não vou mais esperar. Vou continuando e pausando, até porque sei que esse dia vai chegar: o dia em que o adeus há de voltar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E no dia em que o adeus passar por aqui, digam a ele que eu disse </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Até mais.</div>
</div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-41236311410152692592012-03-09T08:42:00.003-08:002012-03-09T08:42:30.178-08:00A vida repentina<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6ztmDQ7vZMM/T1oy0ze6elI/AAAAAAAAA-k/ZmaKOcgAqS0/s1600/imagesCASL5G37.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-6ztmDQ7vZMM/T1oy0ze6elI/AAAAAAAAA-k/ZmaKOcgAqS0/s1600/imagesCASL5G37.jpg" yda="true" /></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Eu quero meus de repentes de volta, e que tragam consigo surpresas, pequenos sustos eufóricos e fôlegos suspensos. Roubaram-me os repentes, e me deram em troca uma vida previsível, com eventos marcados e necessários para instalarem uma tal de ordem. Não mando em nada, mas também não obedeço. </div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou vivendo o que há e o que dá: toda vida de por enquantos precisa de uma porção dos de repentes</div>
</div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-73407891490838094332012-02-22T10:55:00.000-08:002012-02-22T10:55:04.272-08:00Infância é dentro (Por Charles Kiefer)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-q4ttfyGXpEw/T0U53rG7HEI/AAAAAAAAA-c/wdR4oJFIH7k/s1600/imagesCAYFHQFM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" lda="true" src="http://4.bp.blogspot.com/-q4ttfyGXpEw/T0U53rG7HEI/AAAAAAAAA-c/wdR4oJFIH7k/s1600/imagesCAYFHQFM.jpg" /></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Infância não existe, infância é uma invenção de adulto. </div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Quando leio sobre a infância de alguém, sempre me pergunto: E como seria a descrição desse passado idílico se quem a tivesse escrito fosse uma criança? </div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Talvez, para uma criança, o mar não seja tão belo, a praia não seja tão amigável, a noite não seja tão pacífica...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Adulto, percebo agora que não tive essa infância maravilhosa que todos tiveram. Só fui conhecer o mar aos vinte e dois anos. E o que senti foi uma angústia muito grande, aquela água não tinha fim, aquela areia irritava-me, aquele sol torrava a minha pele, produzindo-me grandes febres e dores, atenuadas por pomadas e insônias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A infância que tive foi atrás de uma enxada, capinando inço nas lavouras de soja dos meus avôs, catando osso para vender no frigorífico, lavando dúzias de roupas por semana para que minha mãe liberasse, a mim e a minha irmã, as entradas da sessão da tarde de domingo no Cine Imperial, no centro de Três de Maio, que hoje deve ser uma loja de produtos da China. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que infância poderia eu inventar agora? </div>
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<br /></div>
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Na época, nem me dei conta que fazia trabalho infantil, que eu podia estar na praia, besuntado de óleo. Até por que a praia ficava a mais de 600 quilômetros de distância. Mas havia os banhos de rio e de lagoas, as caçadas, as pescarias. </div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
E havia as noites de lua cheia, de calor e de luciérnagas (a Argentina ficava logo ali), quando contávamos, uns aos outros, eu e meus tios, histórias de assombração. </div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Aquilo, sim, é que era infância, melhor que filme de Harry Potter!</div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Aquelas noites, povoadas de mulas sem-cabeça, boitatás, lobisomens e outros seres imaginários que nem Jorge Luis Borges foi capaz de imaginar, são o centro disso que, adulto, chamo de infância. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E essa infância, que construo do presente para o passado, que afeito, que mistifico, que atenuo ou exagero, transforma-me em escritor. </div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Pois, como disse Marcos Accioly: “As pessoas ou são crianças ou são adultos. Ser menino é outra coisa. Menino não é criança nem adulto e, sendo todas as idades, é sem idade. Por fora se conhece a criança ou o adulto. Menino é dentro.” </div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Parodiando o poeta pernambucano, posso dizer que “infância é dentro”.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
E o que é dentro a gente inventa, amplia, modifica, reconstrói, e apaga.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
O que houve de ruim na minha infância eu converto em adubo de minha ficção. </div>
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<br /></div>
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O que houve de bom, eu reconto para a Sofia, que teve a sua infância inventada pelos chineses, como diz a Marta. </div>
</div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-10826801951052718892012-02-17T04:10:00.004-08:002012-02-17T04:14:12.474-08:00Alívio em sal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
</div>
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-cxfGZbrCJTY/Tz5Ehx4XSDI/AAAAAAAAA-U/tB_qtsNvCOw/s1600/imagesCA6XB6ZI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-cxfGZbrCJTY/Tz5Ehx4XSDI/AAAAAAAAA-U/tB_qtsNvCOw/s1600/imagesCA6XB6ZI.jpg" yda="true" /></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
E ela dizia: </div>
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
</div>
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<em>"Não há pior saudade do que aquela antecipada, aquela que se planeja ou se espera sentir. E há também o medo de nem sentir. Então o que seria perder? A saudade de uma presença viva dói muito mais do que a ausência porque somos vis em perder-nos. Eu tento despedir-me das minhas autópsias pois elas não podem mais ocupar meus preciosos espaços, e não posso não sentir saudades e nem o vazio porque ele compõe minhas vagas esperanças. Sou das fraquezas conscientes, que me tornam forte. Sou das forças inconsequentes, que me tornam fraca. Sou forte e fraca, amarga e doce, e ainda assim não sei sentir saudades antes da hora porque ela vai me matar. A maturidade traz em sua trilha uma certa raiva da vida, como se fizésse-nos finalmente ceder a ela e aos nossos impulsos por algo maior que a vida nos promete mas parece que nunca cumpre. Não há pior saudade do que tudo que ainda está aí. Não há pior saudade do que a que sinto dessa pessoa que sou hoje e sei que um dia será engolida pelo tempo. Eu luto." </em></div>
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu fechei o livro e finalmente consegui chorar.</div>
</div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-11768859336890565322012-01-25T04:21:00.000-08:002012-01-25T04:57:51.245-08:00Carta para mim<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-_Km569cDCFA/Tx_ziSkMEKI/AAAAAAAAA-E/DZzxArhZ680/s1600/gesto+de+carinho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gda="true" height="296" src="http://4.bp.blogspot.com/-_Km569cDCFA/Tx_ziSkMEKI/AAAAAAAAA-E/DZzxArhZ680/s320/gesto+de+carinho.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
E não é que o pai tinha razão? Eu realmente achava que seria sempre estranha, sempre desengonçada e que os guris sempre iam rir de ti, mesmo já grande como estás, por tu seres magrela como eu e que nem precisaria usar sutiã, como eu. E aconteceu o que ele disse. Tu ficou bonita, não ficou? Ah, diga que ficou e que tu perdeu essa mania da gente de sempre se achar mais ou menos e não enxergar tua beleza!</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Hoje tu estás aí, toda adulta e grande. Psicóloga, como tu sempre sonhou. Estás conseguindo simplesmente "ajudar as pessoas" como eu sempre quis? Espero que não tenhas te tornado uma chata, aquelas psicólogas frescas que ficam enrolando e não falam nada de prático. Estás conseguindo ter tua casa, teu emprego e tua vida como o sonhado? Ok, já vi que a vida de agora não permite que tu tivesse cumprido meu ideal de ter filhos antes dos 30, tudo bem. Mas espero que tu não tenha perdido a certeza que eu sempre tive de que a gente seria uma ótima mãe. Seremos, não?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Eu fico te observando daqui de longe e sei que tu sentes a minha falta, que tu vem aqui quietinha, sem alarde, me espiar um pouco de vez em quando, só para não esquecer como é bom ser criança, né? Pode vir sempre que tu quiser, mas não esquece o quanto tu quis ser adulta, o quanto tu quis chegar onde tu chegou. Sim, obviamente as coisas não estão sendo exatamente como a gente imaginava, né? Fico te olhando daqui e pensando que realmente as pessoas nos confundem, os sentimentos não são mais tão óbvios como a gente pensa. Pessoas se perdem, perdem coisas. Os adultos complicam tanto... Tudo quem sabe pode ser, tudo talvez seja,.... Um saco. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Deixa eu só te dizer: a gente gosta de comer banana com leite puro, a gente gosta de fazer sons engraçados com a boca, a gente gosta de tocar flauta no banheiro porque o eco fica legal. A gente gosta de brincar de secretária e de paquita. Não esquece, tu nunca quis ser a Xuxa.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Agora vai lá que tu tens que trabalhar e eu preciso brincar. A vida é sempre séria e sempre uma piada. A gente não é a Barbie mas pode sempre fantasiar que é. Aliás, vi que tu encontrou o teu Ken, né? Tu nunca vai ser "feliz para sempre" como as nossas Barbies são, mas a tua história é de verdade. Imagina só, talvez tu até já tenha descoberto o que é amor de verdade! E não fica achando que a vida é mais simples para mim só porque ainda sou criança. Dá um trabalho enorme te ser criança, para poderes ser a mulher que tu te tornou. </div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um beijo enorme, te cuida e seja o mais feliz que tu puderes... </div>
</div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1942086169553662712.post-17769188542728405972012-01-18T08:32:00.000-08:002012-01-18T08:33:40.673-08:00Cuidado ao chorar<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-32fyHpAX9X8/Txbz7I6zMzI/AAAAAAAAA98/IdtixZYCN1w/s1600/untitled.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" nfa="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-32fyHpAX9X8/Txbz7I6zMzI/AAAAAAAAA98/IdtixZYCN1w/s1600/untitled.bmp" /></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;">
<em>Esse é das lágrimas, o maior mal:</em></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;">
<em>Desaperceber que podem ser feitas </em></div>
<div style="text-align: center;">
<em>Muito mais de hábito do que de sal.</em></div>
</div>Luciane Slomkahttp://www.blogger.com/profile/04646159038078049280noreply@blogger.com1