sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A resposta é a desgraça da pergunta

Hoje tive a honra de ser a convidada da Carol no seu delicioso blog "Vinhos, viagens, uma vida comum,...e dois bebês!"

Obrigada, minha amiga!

sábado, 23 de outubro de 2010

Sentidos


É na intensidade das coisas que os sentimentos parecem se esconder o mais fundo possível, como se quisessem nos desafiar, testar para saber até onde iríamos para realmente conhece-los. Ate onde podemos persegui-los? Até onde queremos realmente encontra-los?

Eu não sei se exagero nos meus confrontos ou se menosprezo minhas ideologias mais fúteis. O que sei é que de tempos em tempos a ameaça do fim da ilusão de eternidade me assombra e por vezes é muito mais do que temor existencial.

É um susto por perceber o quão grande é a vida, o quanto podemos, se quisermos ou conseguirmos, sugar dela o máximo, aprender com ela, ganhar com ela, perder com ela, morrer com ela. Essa vida do dia-a-dia mesmo, não a vida enquanto conceito abstrato ou generalista. Senão acreditamos que a vida é uma coisa imensa, intangível e até impossível. Enquanto que o que ela realmente é só aparece nas coisas mais simples. Sentir é estar vivo. Parece simples, mas não é.

A busca de um sentido para a vida, independente das circunstâncias. Eu não entendo mais nada de circunstancias, expectativas ou resultados. Eu só entendo o que eu sinto e já faz um tempo que é desse código que venho me ocupando. O sentido é sentir.

Pensar é necessário, saber deixar-se sentir é sagrado.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O pacote da vida


Eu preciso respirar fundo e conviver mais com a minha escrita. As palavras passeiam pela minha cabeça mas eu não acho que venho as tratando com o respeito que merecem. Eu conto que elas vão seguir por aí, esperando por mim. Mas palavras são como o tempo: não esperam e nem cobram. Simplesmente passam e somem, se não forem devidamente degustadas.

Eu não quero mais perder palavras nem tempo. A vida vem me ensinando a ter menos pena da vida. São sentimentos ambiguos, colaterais, perplexos. É o pacote de estar viva que às vezes fica gigante feito presente de aniversário que uma criança quer agarrar com as duas mãos e não consegue porque é tão maior do que ela mesma.

Eu quero rasgar meu pacote com entusiasmo infantil, para descobrir logo como brincar com essa vida.