segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um poema sem amanhãs


Hoje eu queria fazer um poema sobre a tua voz
Expressar em palavras o doce som
que sai da tua garganta engasgada de mim

Queria que a folha soubesse da tua pele
E sentisse como suave ela me encosta
Quão suave ela arrepia diante do que é belo

Queria que a poesia emprestasse palavras
aos teus olhos que me inundam
E eu fosse para sempre tua musa

Queria fazer rimas sobre o cheiro do café
e o gosto do queijo derretido
Um poema gelado como agua de coco no verão

Um poema bem assim,
como a vida ao teu lado é:
cheia de pequenas epifanias

Queria um poema sem esperas.
Hoje eu desejo apenas
um poema sem amanhãs.

***

6 comentários:

Wania disse...

Liiiindo, Luciane!
Isso é pra compensar a falta das nossas segundas poéticas...

Uma ótima semana pra ti.
Bjão carinhoso!

Luciane Slomka disse...

Querida. Muita sintonia a nossa. Eu estava olhando so poemas do Manoel de Barros no mesmo momento em que tu postou a frase dele no teu blog.
Ótimo feriado e resto de semana para ti também!
Beijos!

Anônimo disse...

Me vi e adorei...

Luciane Slomka disse...

É sempre bom poder ser o espelho de alguém, quando a gente consegue...

Nádia Lopes disse...

liindo Lu, senti saudade de um poema que fiz apaixonada em outro tempo, achoq até que vou postar..beijo

Luciane Slomka disse...

Publica, Nádia, publica... apaixonamentos são tão bons, né? O meu anda muito por mim mesma. Mas acho que é bem necessário! Beijos!