terça-feira, 26 de maio de 2009

Sombra

Os nomes que definem minha vida são apenas letras de vultos que me acompanham. Suas identidades nada me dizem. Eu fico é com seus olhos. Os olhos dele, daquele, do outro. Tanto estrondo, tanto maremoto. São nomes que não mais ardem. São feridas que ventam.

Há apenas um rosto que não tem nome. Esse sim, é poesia. Essa carne que não tem olhos, não tem face, não tem lábios, nem sangue. Nem mesmo veneno tem. Tem só aroma, fumaça e uma força estrondosa. Esse sim carrega dentro de si, nas entranhas, nas palpebras e em cada arrepio o nome mais vazio que há: o meu.

2 comentários:

pensar disse...

Aham....
Bem isso.Ah e adotei tua pratica de responder os comentarios.
Bjs

Luciane Slomka disse...

Oi Mari! É legal poder responder os comentários aqui. :)
E quanto ao post, pois é. Nem sei se eu mesma entendi o que significa isso tudo. Tem horas que textos brotam assim, do vazio. Foi legal o sarau? Bjo!