segunda-feira, 22 de junho de 2009

Joelheiras e escoriações

Eu sou inquieta. E energética, se posso colocar assim. Eu não paro, minha cabeça não para, e consequentemente meu corpo também não.

Por isso aqui estou eu falando de outro esporte que agora comecei a praticar e que, mesmo eu sempre tendo adorado, agora tem sido uma curtição especial: o vôlei.

Sem querer, me juntei a um grupo de gurias que jogam semanalmente. Eu só fui duas vezes até agora, mas já me empolguei. E esse post não é sobre o vôlei em si, mas sobre o que girou em torno dele. E quando eu estiver falando do volei e das joelheiras, pensem além.

Achei um grupo que, ao meu ver, joga do jeito ideal. O jogo nem é tão brincadeira, a ponto de não se querer competir ou então jogar melhor, se aprimorar e querer vencer, mas também nem é tão sério, a ponto de sentir uma pressão para acertar, ou então um apego exagerado a todas as regras e normas do jogo oficial. Porque afinal de contas o que a gente quer é se divertir. bem assim como na vida.

Então, depois do primeiro jogo e antes do segundo, me dirigi a uma loja de esportes para comprar meu primeiro par de joelheiras. Quando me enxerguei toda feliz, comprando as tais joelheiras, pensei: "Só eu mesmo! Mal joguei uma vez e já tô toda empolgada comprando joelheiras sem nem mesmo saber por quanto tempo eu vou permanecer jogando". Me critiquei. Pensei em quantas vezes eu sou impulsiva, afobada. Mas depois parei e pensei que essa impulsividade pode também ser encarada como empolgação. E se tem algo a meu respeito que eu gosto é minha empolgação com as coisas, a minha vibração por qualquer coisa que me dê a menor alegria que seja. E quer saber? Joguei sábado com a joelheiras novas e amei. Porque eu quero me atirar, porque eu quero buscar as bolas mais dificeis, porque eu não quero ter medo. E se eu usar as joelheiras 5 vezes na vida já não terão sido em vão.

Eu preciso é lembrar que eu já tenho minhas joelheiras para os ferimentos da vida faz tempo. Já ralei muito os joelhos, já caí, já esfolei, já passei merthiolate e ardeu. Não é mais preciso se esfolar na vida adulta, porque já somos maduros e crescidos para adquirirmos nossas joelheiras, nossa própria proteção. Vamos cair muito ainda nessa vida, mas a gente já aprendeu como cair e pelo que vale a pena se atirar também.

8 comentários:

Carol Passuello disse...

Te joga na vida, amiga! Não importa se o jogo vai ter um set só, importa se isso te faz feliz!!!!
Bjs

Luciane Slomka disse...

Valeu, queridona! To tentando me atirar cada vez mais. E se Deus, eu ou qualquer entidade que for quiserem, ainda teremos muitos sets pela frente! :)

Karina disse...

Mis importante do que a seriedade ou não do jogo, é como respondemos a isso.
Acredito que existe exercício pra cada tipo de pessoa, quem sabe tu não arrumou o teu?

Beijokas!!

Nádia Lopes disse...

ah, Lu
adorei, é por aí mesmo..essa capacidade de empolgação e alegria é nossa criança viibrando por dentro...me lembrou um poeminha que fiz há a nos atrás, qdo perdi a visão parcial do olho direito:
"tenho um olho que é cego
e o outro enxerga muito bem...
quando a vida dá rasteira
uma esperança bem gorda
me dá colo e joelheira"
é por aí...o importante é se deixar emocionar...isso arranhando ou não, vale a pena!
Um poema do Benedetti pra ti:http://www.youtube.com/watch?v=43JkLiPegBA

Carolzinha disse...

é sempre mto bom ler teu blog! parabéns!

pensar disse...

Eh isso ai, te joga mesmo, de que vale a vida nao vivida?Vale a intensidade e a emocao. Ah se quiser experimentar o remo eh soh me falar, um visual maravilhoso eu jah garanto e nao precisa de joelheiras.
Ah valeu pela dica do livro, ela jah esta na minha fila de espera, pois ando me alimentando de bons livros. Q delicia neh.
Bjs

Luciane Slomka disse...

Kariníssima, ,lindona! Ó meu esporte é fazer qualquer esporte, do jeito que a tua amiga aqui é hiperativa! Beijão!
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Oi Nadia! Teu poema é uma graça e a poesia do Benedetti tambem! Obrigada! Beijos!
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Carol, obrigada! Bjs!
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Oi Mari! Nossa, remo seria um desafio e tanto! Quem sabe? Valeu, guria! Bjo!

Renata de Aragão Lopes disse...

Que bacana! Já sugeri a algumas colegas que jogássemos vôlei uma vez por semana. Até agora, nenhum time formado! (risos)

A atividade, certamente, proporciona momentos únicos: relembra os tempos de colégio, vale como exercício físico, integra as jogadoras, alivia o stress...

E você ainda viu essa oportunidade com outros olhos... Que belo texto, Lu! Arrase a cada manchete! : )