domingo, 14 de junho de 2009

Eu sou o que você é

Ontem fui assistir ao filme "A mulher invisível" e saí do cinema surpreendida.

Um filme sem grandes pretensões veio a se tornar, na minha modesta opinião, um grande filme que fala basicamente sobre amor-próprio.

O personagem do Selton Mello, depois de uma desilusão amorosa, "conhece" a mulher dos seus sonhos, interpretada pela Luana Piovani. Aí a história se desenrola e eu não quero contá-la aqui para não estragar a curtição de quem quer e deve ir assisti-la nos cinemas. Especialmente pela atuação engraçadíssima do protagonista.

O ponto importante que me fez sair reflexiva do cinema foi reforçar a idéia que no fundo todos temos o nosso parceiro ideal, dos nossos sonhos, construído em nossa própria mente: em nosso inconsciente, em nossos desejos não satisfeitos, em nossas idealizações, projeções, no que gostaríamos de nos tornar, etc. Já é bem conhecido(mas nem sempre sabido) de que a pessoa perfeita não existe. Que ninguem pode preencher perfeitamente os vazios que cada um de nós carrega consigo. Por isso, ao ver o filme e entender o processo pelo qual passa o personagem e descobrir que aquela mulher é sua idealização e que ao amar a ela estava na verdade amando o que tinha de lindo dentro de si próprio foi muito importante.

Saí do cinema pensando quem seria meu namorado invisível, que homem eu construo e carrego dentro de mim que contém toda a minha beleza interior, minha idealizações e meus sonhos. Sei que ele tem se aproximado e eu tenho tentado viver e conviver com ele, descobri-lo, amá-lo, tratá-lo bem. Porque só então ele deixará de habitar somente minha imaginação.

8 comentários:

Maritza disse...

Querida! Que reflexão preciosa essa! Vou tentar levar isso dentro de mim por algum tempo e ver se consigo crescer um pouquinho mais...

Paula disse...

Oi, Lu!
Também fui assistir a esse filme ontem. Achei divertido, leve e despretencioso.
Foi bem como você disse. E as mensagens que o filme passa são limpas e legíveis, sem rodeios. Tudo é bem ilustrado, digamos.

E o Selton é muito engraçado!
Vale o ingresso!

Nádia Lopes disse...

oi, Lu
eu tive essa mesma sensação...e saí do filme acreditando na visibilidade de um amor!beijo

Luciane Slomka disse...

Oi Mari! Que bom que tu gostou! Leva contigo sim, porque ajuda a gente a seguir sempre acreditando em como vale a pena ter o parceiro ideal em nós mesmas antes de acharmos fora de nós! Beijos!
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Vale né, Paula? Tambem achei ele impagável! Bjos!
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Oba, Nádia! Coisa bem boa hein? Não podemos deixar de acreditar não!!! Bjo!

Daniel Gralewski disse...

Quantos de nós procuramos o nosso próprio reflexo nas nossas paixões? E não estou falando na imagem refletida na pupila do ser amado...

Luciane Slomka disse...

É isso, Daniel. Não procurar o reflexo na pupila do outro, mas sim na gente mesmo. :)

Lubi disse...

nháim,
procurando tempo pra assistir esse filme. tá na lista.

Luciane Slomka disse...

vai que vale, Lubi! :)