quinta-feira, 12 de novembro de 2009

desabafo

Tava aqui pensando nessa história de blogs. Não sei o que me traz tanto aqui. Não sei porque tudo que escrevo aqui não poderia estar escrito em um caderno só meu. Afinal de contas, é para mim que escrevo o que escrevo. Ou então, quando penso em alguém quando escrevo um post, que então eu escrevesse numa folha de papel e entregasse diretamente e somente àquela pessoa. Ou melhor, e cada vez mais raro: ir ao encontro da pessoa (quando possível) e falar tudo ao vivo, cara a cara, com minha própria voz.

Mas a gente foi criando cada vez mais barreiras para esse contato direto e cada vez mais o mundo dos blogs, twitters e messengers vem tomando o lugar dos contatos reais. E vem o velho problema da comunicação. Eu digo o que sinto? Eu expresso com as palavras certas um sentimento que por vezes é tão abstrato e complexo que muitas vezes só um olhar ou um toque poderiam dizer com precisão?

Sei la. No fim das contas acho que os problemas de comunicação estão ao vivo, por telefone, por computador, por blackberry...

As vezes me canso disso tudo.

Mas é assim no blog. É assim na vida. Vamos estar sempre lutando para tentar nos comunicar e expressar o que a gente sente. E TENTAR sermos compreendidos, quando possível.

Será que vocês me entenderam?

12 comentários:

Luciane Slomka disse...

É verdade, Marcos! E Blackberry é um telefone na verdade, mas cheio de "gadgets" (aparatos eletronicos), internet, msn, e-mail e o escambau.

Mas a fruta é blueberry! :)

Obrigada pelos teus comentários. Sempre me divertem!!!

Mariana Botelho disse...

Luci,

sei o que me leva: uma necessidade de me fazer ver além do que vejo no espelho. Tudo é por vaidade. Mas acho que não uma vaidade nociva. A vaidade que leva à interação, que nos faz crescer. Também canso às vezes. Daí dou um tempo, assobio e logo passa.

beijo

zaine disse...

Olá lulu, parabéns por ter coragem de nos fazer pensar , sobre exatamente esta falta de comunicação , CARA A CARA , porque nos escondemos atrás de nossas pressentimentos do nosso Eu ,porque ficamos Calados , qual o nosso medo de deixar falar o nosso EU , ou melhor o que de verdade queremos dezer e fazer ? será que cada dia mais só vamos conseguir nos comunicar terceirizando ? bjos zaine adorei .
hoje acordei exatamente assim ,querendo que o meu Eu , griteeee ,que desabafeeeeeee, mas cade a coragem , cade a forma correta e certa . bjossssssss

Luciane Slomka disse...

Adorei Mari: O "Luci" e o assobio. Passa sim. Que bom que tu veio! Beijo!:)
***
Oi Zainoca! Que bom que tu gostou. Mas solta essa grito aí, mulher! Não tem jeito certo nunca. Vai gritando e vendo como o mundo reage!! :) Beijão e obrigada por tuas visitas!!

Nádia Lopes disse...

oi, Lu
eu também me pergunto as vezes, se continuo ou não escrevendo e me expondo, e continuo... acho que é a necessidade de expressão, somada á necessidade de ser amada e entendida, algo assim..e aí volto com um Carpinejar que me tocou muito hoje:E descubro que, desde a infância, sua verdadeira profissão é esperar, como a de todos nós. Ele continua me esperando. Continua esperando ser chamado, notado, percebido, amado."

beijoooo

Luciane Slomka disse...

Tem razão Nádia. Acho que sempre tem um pouco dessa carência que permeia essa nossa necessidade de ser lidos assim, "publicamente". Também li e adorei o Carpi de hoje! Beijão querida!

Lara Amaral disse...

Entendo, sim.

Mas a tecnologia é uma faca de dois gumes: afasta, sim, um pouco as pessoas, que às vezes nem se falam pessoalmente, mas se comunicam no msn. Mas ao mesmo tempo, isso é aproximar, pois há aqueles que se expressam melhor escrevendo. E tbm, há o caso de achar pela internet mais pessoas compatíveis com suas afinidades. A poesia, por exemplo. Poucos que conheço pessoalmente gostam de escrever poemas, ou sequer lê-los. Já aqui, nos blogs, encontrei pessoas de várias idades, vários estados e até de outros países que visitam meu blog e vice-versa. De alguma forma, apesar de toda a virtualidade, distância, bits etc., a internet aproxima gostos, ideias e atitudes em comum. Como a sua, de escrever aqui coisas que várias pessoas tbm divagam sobre e fazê-las interagirem e comentarem sobre isso. Poderia estar cada um sozinho em sua casa, escrevendo no diário a poesia e guardando para si, como eu fazia antes. Agora não. Compartilhar e receber os vários pontos de vista das pessoas sobre o seu texto é muito legal. Eu adoro! =) Abre leques de possibilidades e de interpretações que vc nem havia imaginado.

Foi mal escrever outro texto aqui, me empolguei, hehe...

Abraços para ti, moça!

Renata de Aragão Lopes disse...

E como não? : )

Viver é compartilhar.
Precisamos de testemunhas.

Um abração,
doce de lira

pensar disse...

Oi Lu,

Acho o blog uma coisa complementar. Se faz o poema e se da para a pessoa, as vezes se publica tambem.
Mas nesse mundo louco falamos o que queremos e ouvimos o que queremos.Basta escolhermos para onde vai nosso foco(filtro).
Bjs

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

acredito q todos te entendemos, sim, Lu...
essa é uma questão delicada até!
eu, q sou mto tímida, e converso mto mais graficamente [seja email, carta, torpedo etc] do q pessoalmente, penso bastante na questão.
acho q dá pra não perder o sentido - no sentido (!!) de tato... - mas é preciso critério: seleção e sinceridade.

bem bacana!
abraço

Talita Prates disse...

Penso que te entendi.
Frequentemente me pego pensando nisso também.
Inclusive, já tentei falar disso em "Da paródia cibernética", http://historiadaminhaalma.blogspot.com/2009/08/perfis-entre-n-dominios.html

Talvez a Re de Aragão tenha razão:
"precisamos de testemunhas".

Abraço-te, amiga!
Ótimo fim de semana. :)

J.F. de Souza disse...

Até acho que entendi... Mas vou fingir que não. =P

Me diz você, moça: o que você quer com o blog?

(Não precisa responder, se não quiser.) =)

=*