quarta-feira, 15 de julho de 2009

Blecaute

4 pessoas se reúnem para assistir um filme.

Uma delas é ainda uma novidade para as outras. Talvez até essas próprias outras 3 pessoas também sejam mais novidade para si mesmas do que imaginam. Mas o objetivo do encontro é assistir ao filme. Eles sentarão, assistirão por duas horas, quem sabe comentarão coisas a respeito do ator, do cenário, da trilha sonora. Talvez poderão chorar, talvez poderão dormir no meio do filme. Mais um filme para a lista dos assistidos e fim.

De repente, falta energia na cidade nos primeiros 10 minutos.

De repente, 3 pessoas que acham que se conhecem e uma quarta a ser conhecida, estão no escuro, no silêncio. Sem filme, sem música, sem ar condicionado.

E começam a conversar. Então percebem que não só o olho humano como também todo o corpo e sua subjetividade se adapta à escuridão. Enxerga mais, enxerga coisas que na luz pareciam invisíveis. Enxerga o reflexo da lua no prédio da frente, enxerga outras pessoas, outros universos, outras escolhas, outros caminhos.

Isso tudo aconteceu ontem. E fiquei pensando em como é bom descobrir novas pessoas, como é bom ter momentos de escuridão para enxergar as coisas mais claramente. Como é bom estar perto e criar novos laços. E quem sabe enxergar além.

2 comentários:

pensar disse...

Aham Lu, perfeito eh bem isso.E essas coisas inesperadas sao sempre as melhores neh!
Bjos

Luciane Slomka disse...

Sempre, Mari! Bjo!