quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Motor

A rapidez da vida
Só desacelera meus passos.

Sigo lenta nas certezas
Rápida frente a dúvidas

Eu engasgo com o belo
Só para poder chorar

Eu apago em ventanias
Só para ouvir o assobio

Sou suave nas curvas
Só para sentir meu corpo

Derrapo quando te vejo
Só para sentir o arrepio

Não tenho mapas nem destinos
Não tenho estradas, pavimentos

Sou terra, areia e chão.
É uma audácia dirigir a vida

4 comentários:

Luciane Slomka disse...

Opa... Meu motor travou os comentários!

Renata de Aragão Lopes disse...

Que lindo, Lu!

Falou de algo tão sério
com tamanha sutileza...

Conduzir a vida
requer, de fato,
uma vigilância constante:
uma alternância
de pressa e calmaria,
de braveza e suavidade
(setas para esquerda e direita)

- ante as tantas incertezas
e dilemas que há pelo caminho
(paradas obrigatórias).

Se o poema fosse meu
(que audácia),
eu apenas o chamaria de
"Ao volante". (risos)

Um beijão!

Wania disse...

Oi, Lu!

Dirigir pela vida, requer de nós um motor muito ajustado e potente!
Se adaptando a cada curva, a cada estrada e ainda nos permitindo apreciar a paisagem... por que
os caminhos são muuuitos!
E teu motor, pelo jeito... vai bem e vai looonge!

Bonita a correlação que tu fizeste para escrever sobre este tema!

Bjão!!!

pensar disse...

Que maravilhoso!Dirigir a vida nao tem escola, tem escolhas.
Sim, Lu vamos marcar o remo.Assim q tu tiver um tempinho avisa, acho q tu vai adorar.bjs