quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cena I

"Estás vendo essas escoriações em minhas mãos? São dos golpes que eu te dei e tu nunca soube. Quem sangra nem sempre é quem apanha. Eu venho derretendo dúvidas e anseios por medo de perder o controle e deixo de lutar contra o que realmente deveria. Estou farta de palavras engasgadas e de interpretações precipitadas. Cansei dos meus auto-abandonos e dos afastamentos voluntários que sempre provoquei. Eu nunca entendi por que o silêncio gosta tanto de falar comigo. Mesmo eu sendo sempre surda a ele. Mas não mais o serei. Acho que devo estar aprendendo a viver."

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