terça-feira, 4 de agosto de 2009

Tears DON'T dry on their own


Uma vez eu ouvi que quando a gente está MUITO triste ou MUITO feliz não consegue escrever no blog; Que falta inspiração. Ontem fiquei preocupada com isso. Eu busquei, pensei, refleti, viajei e ainda assim não consegui achar nenhum tema interessante o suficiente para postar aqui. Começava e apagava, pensava e desistia.

Fazendo uma auto-análise sobre essa falta de assunto pensei na possível razão disso, que então no meu caso e nessa teoria, seria o fato de estar MUITO feliz. Mas não posso aceitar isso. Porque eu amo escrever e amo ainda mais estar MUITO feliz. O que fazer? Estragar minha felicidade para conseguir inspiração? Não, não. Talvez então buscar inspiração na própria felicidade.

Então fiquei pensando nesse meu momento feliz, pleno, e tentando ver o que eu fiz para chegar até aqui. Porque sorte não foi. Destino, muito menos. Eu lutei para conquistar essa felicidade. Eu busquei estar sempre me vasculhando, me conhecendo, me descobrindo para saber o que realmente eu preciso e quem realmente eu preciso nessa vida. Eu descobri e não aceitei menos do que isso. Eu descobri e não tive medo de enxergar minhas partes feias para poder consertá-las. Eu descobri e não fechei os olhos.

Então agora vejo que as lágrimas da gente não secam por si próprias. Requer muito esforço, auto-conhecimento e auto-confiança. E, claro, confiança na vida nunca é demais. Confiança de que quando a felicidade finalmente bater à nossa porta, a gente possa lembrar que ela não apareceu por acaso. A gente a convidou para entrar.

Entra, felicidade. Entra porque eu te chamei, te busquei e te re-conheci.

5 comentários:

Daniel Gralewski disse...

Durante algum tempo da minha vida, estive com uma pessoa que sempre falava que a dor traz inspiração. Eu nunca levei muito a sério, mas há um pouco de razão nessa frase.

Renata de Aragão Lopes disse...

Bela constatação, Lu!
A felicidade é sempre merecida.

E, por mais uma vez,
parece que falamos sobre algo parecido! : )
Agosto começou pra mim
com uma súbita sensação
de conforto...

Que nossas alegrias
floresçam ainda mais!
Beijo,
doce de lira

Luciane Slomka disse...

Há muita razão, Daniel...ao menos para mim. Às vezes a dor arranca da gente lindas palavras. Mas também temos que dar à felicidade esse mesmo direito, não acha?
***
Sim, Re, eu vi que mais uma vez estamos em sintonia. Agosto e às vezes a contragosto também, seguimos! Bjo!

Lorenzo Ganzo disse...

Há! Com o gosto da conquista entre os dedos transpirantes.

Belo texto.

Carol Passuello disse...

Admiro tua coragem de ser feliz, amiga!
Bjs