domingo, 14 de junho de 2009

Eu sou o que você é

Ontem fui assistir ao filme "A mulher invisível" e saí do cinema surpreendida.

Um filme sem grandes pretensões veio a se tornar, na minha modesta opinião, um grande filme que fala basicamente sobre amor-próprio.

O personagem do Selton Mello, depois de uma desilusão amorosa, "conhece" a mulher dos seus sonhos, interpretada pela Luana Piovani. Aí a história se desenrola e eu não quero contá-la aqui para não estragar a curtição de quem quer e deve ir assisti-la nos cinemas. Especialmente pela atuação engraçadíssima do protagonista.

O ponto importante que me fez sair reflexiva do cinema foi reforçar a idéia que no fundo todos temos o nosso parceiro ideal, dos nossos sonhos, construído em nossa própria mente: em nosso inconsciente, em nossos desejos não satisfeitos, em nossas idealizações, projeções, no que gostaríamos de nos tornar, etc. Já é bem conhecido(mas nem sempre sabido) de que a pessoa perfeita não existe. Que ninguem pode preencher perfeitamente os vazios que cada um de nós carrega consigo. Por isso, ao ver o filme e entender o processo pelo qual passa o personagem e descobrir que aquela mulher é sua idealização e que ao amar a ela estava na verdade amando o que tinha de lindo dentro de si próprio foi muito importante.

Saí do cinema pensando quem seria meu namorado invisível, que homem eu construo e carrego dentro de mim que contém toda a minha beleza interior, minha idealizações e meus sonhos. Sei que ele tem se aproximado e eu tenho tentado viver e conviver com ele, descobri-lo, amá-lo, tratá-lo bem. Porque só então ele deixará de habitar somente minha imaginação.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

As tendências de nossas estações

Ontem, um feriado tranquilo em casa, zapeando a tv. Paro no canal GNT que transmitia os desfiles de algum "fashion alguma coisa - verão 2010".

Primeiro eu pensei que falar assim: dois mil e dez, faz com que a ficha caia de que realmente estamos sempre falando no futuro, como se 2010 fosse ano de filme de ficção científica. Mas já é ano que vem. Muito maluco isso...

Então, depois, um sentimento me bateu forte assistindo a esses desfiles na TV. "Só um pouquinho: já estão falando das tendências e roupas que vão ser usadas no próximo verão??? Mas o inverno a recém começou!" E foi então que (como sempre) minha mente começou a viajar rápido e pensei no quanto isso acontece com a gente, na vida. No quanto, assim como na moda, estamos sempre vivendo na próxima estação, sempre tentando antecipar "tendências", tentando antecipar atitudes, modas e costumes.

Sei lá se eu ainda estarei viva no verão de 2010. Sei lá se na próxima estação a tendência será os verdes, os amarelos, micro ou maxi saias, cabelos crespos, cabelos com escovas progressivas. Assim como nunca vou saber até viver, se em 2010 vou estar satisfeita com a minha vida, se estarei em outro trabalho, se estarei casada, grávida, solteira, separada... E afinal de contas, quem é que determina o que vai ser "moda"? De onde ou de quem ela vem?

A tendência é que eu vá (se Deus quiser) ficando cada vez melhor a cada estação, que eu vá encontrando minha própria moda, meu próprio jeito. E isso sim depende só de mim. Desliguei a TV e voltei para meus afazeres, para os meus livros e minha casa, meu canto que eu tanto tenho amado e curtido.

E, para esse próximo fim de semana, boa notícia: Especialistas dizem que a tendência é ser feliz.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

What do you want?



Sim, eu assisti pela décima vez e chorei pela décima vez assisitindo "The notebook".

E essa é minha cena preferida. Porque, no fundo, o que importa mesmo é essa simples pergunta e sua simples resposta.

domingo, 7 de junho de 2009

Slow food and fast thoughts in Gramado

Esse aqui é um blog de reflexões, devaneios e pensamentos. Mas por que não também de dicas gastronômicas? Afinal de contas, devanear comendo um bom filé e tomando um bom vinho em um ambiente perfeito se torna bem mais interessante, não?


Esse bistrô fica no caminho de Gramado, um pouco antes do pedágio. Tem várias placas no caminho sinalizando. O lugar é uma delícia, o cardápio melhor ainda. Resolvi registrar alguns momentos felizes:
Esse é o nome do lugar. Um espaço quieto e tranquilo.

Pronto. Já começou aí a diferença. SLOW FOOD! E quem me conheçe sabe que eu amo crianças, mas tem certos lugares e ocasiões nos quais silêncio e tranquilidade não tem preço.

O interior do restaurante. Cheio de detalhes, pequenos objetos decorativos e quadros. Pena que não deu para fotografar a trilha sonora deliciosa que tocava ali.

Esse foi o meu prato: medalhões de filé (perfeitamente mal passados ao gosto da cliente carnívora aqui) com molho de amoras e pirê de mandioquinha. Antes disso, uma saladinha temperada no prato, com folhas verdes, queijo gorgonzola e morangos. Minha mãe, que me acompanhava nesse momento difícil, pediu pato com pirê de maçã (ok, tem quem goste) e cuscuz.

A vista da nossa mesa, num belíssimo dia de sol.

A linda e delicada toalha.

Minha mãe e eu. Felizes.

O que: Restaurante Bistro Chalet Gourmand

Onde: Rua Antonio Schoeler, 2679 - Linha Imperial -Nova Petrópolis

Contatos: (54)32981098 - www.chaletgourmand.com.br chaletgourmand@chaletgourmand.com.br

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Prolixidades


Eu tenho adorado blogar, como todos já perceberam. Inclusive uma frase que já escrevi dizia que tenho que aprender a ser concisa sem ser prolixa. Não é fácil dizer coisas inteligentes, precisas e úteis em poucas frases. Como tudo na vida, o mais complexo é ser simples.

E eu sou prolixa, tenho dificuldade em transmitir o que desejo em menos de alguns parágrafos. Não sei por que. Mas eu, que sempre sou um furacão de idéias e opiniões, ando meio quieta. Ando sem saber o que escrever aqui. Eu, que posto praticamente todos os dias.

Mas resolvi começar a escrever alguma coisa mesmo assim, sobre esse vazio que eu ando sentindo nas idéias a serem aqui publicadas. Mas não é propriamente um vazio, porque isso dá a idéia de não se ter nada. E não é assim que eu sinto. Eu sinto que estou cheia de idéias, sentimentos e novidades que ainda não se anunciaram nem a mim mesma. Estou na espera. Mas não uma espera passiva. Uma espera ativa e reflexiva, que vem acompanhada de tolerância, paciência, controle e calma.

Não é fácil lidar com momentos em que estamos mais "para dentro". Nada do que venho pensando, sentindo ou descobrindo atualmente cabe publicar aqui, apesar deste ser um espaço também de desabafo, obviamente tem certas coisas que a gente aprende a suportar sozinha porque há que se resguardar. Muitas vezes penso que o blog funciona como esse espaço de "descarrego", onde não há julgamento direto (obviamente ele existe sempre, mas eu não enxergo e isso torna tudo mais fácil), mas acho que uma das grandes lições da vida, pelo menos para mim, é aprender a se suportar, se bastar, se conter.

Bom, ao menos postei alguma coisa.

Amanhã estarei em Gramado falando mais uma vez, ora vejam, sobre resiliência. Porque, no fundo, a gente fala sempre sobre o que precisa aprender e reforçar em nós mesmos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

perecíveis

Eu postei, segunda feira, sobre começar a semana fazendo notícia antes mesmo de saber daquela que chocaria o país e o mundo dali a alguns minutos.

São acontecimentos grandes demais para assimilar em nossa mente. São tragédias sem precedentes que nos mobilizam e nos tiram do nosso centro, abalam nossas certezas e nossa onipotência também. A gente se sente pequeno, mas sente também que viver não tem remédio, como diria o poeta. Não podemos deixar de viajar porque céu e estradas oferecem riscos. Não podemos deixar de sair às ruas porque o trânsito é violento. Não podemos deixar de viver pelo fato de simplesmente existir representar um risco. Mas assusta, sim, viver em dias como esses. Assusta estarmos tão vulneráveis quando somos seres tão cheios de desejos e sonhos. Assusta o valor que damos a pequenos problemas quando vemos que tem bens muito maiores em jogo todos os dias, a cada minuto.

Me senti pequena, vulnerável e humana.

E cada vez mais eu percebo que a gente precisa muito, crer para ver. Ou melhor, somente crer mesmo, sem a certeza de ver.

Só crer. Apenas crer.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Para começar a semana fazendo notícia



Emocionante a propaganda da Zero Hora. Que idéia simples e brilhante: lembrar que eu só vou ler as notícias que eu tanto desejo se eu fizer elas acontecerem de verdade para que sejam publicadas.

Mas as minhas notícias, os grandes eventos e fatos que eu desejo e vou fazer com que aconteçam nem precisam ser publicados no jornal. Serão manchetes que estarão estampadas nos meus olhos, no meu sorriso e na minha pele, para que somente as pessoas que eu amo e que me rodeiam saibam. O resto é lucro.

Que assim seja.