Brancas paredes
Solidão em família no ano novo
A verdade que tu merecias. Bobagens para agradar.
Todos os meus devaneios moram nos felinos.
Minhas roupas que tem o nosso cheiro.
Soltando a língua das chaminés.
Desespero quando perco o que sempre tentei achar.
Deus não avisa quando machuca.
Tu és uma pessoa rara.
Meus ombros caídos
O sal fica escondido no lodo.
Sempre usei a crueldade quando o outro menos esperava
Os meus farelos são aproveitados pelas formigas.
O mosquito que picou a pessoa mais inquieta vai penetrar no meu cadáver.
Eu faria tudo igual, mas com mais arrepios.
Um bolo de chocolate só meu.
Mãos fortes e lágrimas.
Queria poder confiar numa mulher.
O fogo é o pai da neve.
Eu dobraria meu corpo para a morte
O silêncio é um roubo para mim
A brisa é violenta porque te leva constantemente de mim
Sempre pedi perdão mais do que devia e quando não merecia e por isso perdi meu direito de ser perdoada de verdade, agora que o mereço.
Laranjas não se apagam. Amargam.
Ingenuidade ignorante é maldade com bondade.
Sorrir com os olhos é o diálogo perfeito.
Na parte superior do guarda roupas eu escondo o mais profundo dos meus invernos.
Merda, esqueci das minhas primeiras quedas para esquecer o sofrer e foi então que aprendi a dar falsos sorrisos.
Mais grave do que pisar em vidro é voar sem ver estrelas.
Mais grave do que pisar em palavras é esquecer de lembrá-las.
A solidão nunca termina, só encontra outras.
O mundo debaixo da mesa é o teto de um planeta inteiro.
Toalha de mesa é o lençol das cadeiras.
Nunca mais encontrei os cristais quebrados da minha avó.
Inferno é o vazio
A espuma é o gozo do mar.
E de repente teu cheiro me assalta.