sábado, 27 de outubro de 2012

Participação na Feira do Livro

Estarei autografando a antologia de crônicas Santa Sede, na qual tenho 9 textos escritos.

Convido a todos a dividirem comigo esse momento importante.

Será no Domingo, 04 de novembro, a partir das 18 horas, no Pavilhão de autógrafos.

ESPERO TODOS LA!

Participação na Rádio Gaúcha

Hoje tive o privilégio de participar do programa Super Sabado, da rádio gaúcha, falando sobre o tema "perdas". Foi uma oportunidade muito rica, para atender ligações de ouvintes que traziam suas perdas e suas dificuldades e meios para enfrentá-las.

A grande verdade é que somos seres limitados, e que temos dificuldade para lidar com nossa finitude. Mas saber aprender com as perdas é a melhor forma de crescer.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

as saudades da minha mãe

São particulas de oxigênio que eu respiro diariamente. são segundos de uma ausência física e principalmente de uma materialidade mental.

Perder a possibilidade da imaginação do reencontro é a pior das saudades.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Levantamentos de necessidades

- Tomar uma taça de vinho à tarde (qualquer tarde)
- Terminar de escrever meu livro que ainda não existe
- Arrumar a minha casa de modo que ela me arrume um pouco também
- Ler um capítulo de um livro diferente por dia
- Estudar Espanhol e Francês ( o primeiro, por necessidade, o segundo, por capricho)
- Fazer as unhas religiosamente uma vez por semana
- Escrever sobre a ausência do meu passado

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Dos dias pétreos


Tem dias em que eu não me respeito: eu praticamente me obedeço
Tem dias em que eu não me reconheço: eu praticamente me desconstruo.
Tem dias em que eu não me surpreendo: eu praticamente crio meu próprio pavor.

São dias em que as construções denunciam meus relevos e falésias. Dias onde a minha arquitetura desaba em rabiscos fracos, quase nulos. Eu sou uma absorção que o vento fez das idéias do mundo, sou uma camada fina de ódios.

E estes não são, por isso, dias menos iluminados ou claros. São simplesmente dias de estar em mim em um descontínuo compasso.

Pois o dia dos finais que não chegam nunca, mas dormem sempre ao meu lado, respiram em minha nuca todas as desverdades que eu jamais ousei pensar.

Pensamento é boca calada e ouvidos rasgados.

Sou cheia de pensamentos vagos espalhado sobre todos os líquidos que o mundo ousa petrificar.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O dia em que o adeus passar por aqui

No dia em que o adeus passar por aqui, digam a ele que não eu quis mais esperar,
que fui embora, que parti para longe, farta desses finais que não se encerram.

Digam a ele que já sofri demais esperando os desfechos, que já aprendi o que precisava sobre o tempo e as escolhas, sobre existir e reviver.

Ele vai chegar manso, com roupas rotas e sujas, vocês vão ver... Porque o adeus adora se perder e é constantemente maltratado por quem não o compreende.

Digam a ele que eu o odeio por nunca ter aparecido para mim enquanto esperei, e que minha revolta é porque eu nunca teria feito a ele nenhum mal. Ao contrário de muita gente, eu prezo o adeus, não o temo e dele não fujo.

Antes um adeus bem recebido do que até logos que nunca terminam.

Eu vou partir, não vou mais esperar. Vou continuando e pausando, até porque sei que esse dia vai chegar: o dia em que o adeus há de voltar.

E no dia em que o adeus passar por aqui, digam a ele que eu disse 
 
Até mais.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A vida repentina

Eu quero meus de repentes de volta, e que tragam consigo surpresas, pequenos sustos eufóricos e fôlegos suspensos. Roubaram-me os repentes, e me deram em troca uma vida previsível, com eventos marcados e necessários para instalarem uma tal de ordem. Não mando em nada, mas também não obedeço.

Vou vivendo o que há e o que dá: toda vida de por enquantos precisa de uma porção dos de repentes