Estou prestes a entrar em férias, como já deve ter sido possivel perceber pelos posts anteriores. Minha ansiedade por esses dias de ócio aparecem tanto aqui porque realmente estou precisando desse time off.
Mas agora, faltando poucos horas para o tão esperado momento, fico aqui me perguntando a razão de muitas vezes ser tão dificil nos desligarmos de nossas atividades profissionais. Ainda quero muito pegar a estrada, ou mesmo ficar aqui em Porto sem hora para acordar, não me entendam mal. Mas sei que em alguns momentos vou ficar lembrando do meu trabalho, pensando no que pode estar acontecendo por lá. Podem me chamar de "caxias", até porque eu sei que eu sou mesmo, mas como é forte a nossa dificuldade (minha) em deixar as responsabilidades para trás, em realmente poder desligar de tudo e não fazer NADA. E poder me permitir caminhar na praia, assistir vale a pena ver de novo, tomar banho de sol, comer a hora que tenho vontade, esquecer um pouco que existem doenças nesse mundo. Sem culpa.
Acho que a questão é que o trabalho, nossa atividade profissional acaba sempre nos definindo mais do que outras coisas que fazemos ou somos. "O que tu faz?" é sempre uma das primeiras perguntas que fazemos quando conhecemos alguém. "Sou psicóloga". Mas sou tão mais do que isso. Eu faço muito mais coisas do que apenas isso. Mas culturalmente isso é tão posto que quase não nos questionamos a respeito. E por isso o que fazemos como atividade profissional passa a definir nossa identidade muito mais do que deveria.
Enfim, é preciso saber curtir o ócio, dar um descanso à mente, poder só deixar o corpo comandar nossos horários ao invés da mente. Eu preciso me exercitar nisso. Mas fico aqui achando que vou conseguir curtir meu descanso com muito mais facilidade do que imagino.
E, já que para mim hoje é sexta feira, bom fim de semana para todos!
P.S. E parabéns para ele, que tem sido o meu domingão de sol não importa o dia da semana, e que agora vai me permitir dizer que ando "pegando um estudante universitário". :P