terça-feira, 29 de junho de 2010

9 coisas que eu aprendi


A minha amiga querida Carol me fez um desafio lá no blog dela e eu aceitei, mas acabei subvertendo um pouco a proposta. A idéia é falar 9 coisas sobre mim. O que farei aqui é expor 9 coisas que eu acho que aprendi... Lá vai:

1) Que as coisas realmente não acontecem por acaso, acontecem por escolha: Eu não consigo mais aceitar essa idéia de coisas pre-destinadas, coisas guardadas. Não posso mais aceitar me sentir vitima ou presenteada pelas coisas que ainda não aconteceram e nem tentar me consolar dizendo a mim mesma que é porque ainda não era hora. Se não era hora é porque eu não fiz ser a hora ainda, e que dá para fazer ser. Dói, mas isso se chama responsabilidade. E tolerância à frustração.

2) Que o que é meu não está guardado: Posso estar sendo cética, pessimista ou niilista demais, mas nada está guardado esperando por mim. Como pode algo que eu ainda nem sei o que é, estar esperando por mim? O que eu gostaria que estivesse esperando por mim há 5 anos atrás já não me serviria mais hoje. Eu estou indo lá buscar o que quero agora, com esse olhos de adulta. Prefiro que nada me espere, e que tudo o que eu queira eu faça estar ao meu alcance, se possível.

3) Que não existe isso de "Não era a minha intenção": Isso me cansa. Ok, pessoas podem ter atitudes erradas, escolhas erradas, mas necessariamente podem ou precisam pensar nas consequencias de seus atos. Ninguém (supostamente) quer ferir ninguém, mas não dá para passar a vida cometendo atos sem pensar que eles podem ter consequencias e que entao, se algo não sai como esperávamos, precisamos assumir a responsabilidade pela escolha de cada ato.

4) Que é mentira esse papo de que quando Deus fecha uma porta, abre uma janela. Ah, não. Deus não faz nada. A gente é quem deixa o vento bater as portas ou janelas na nossa cara se não for atento o suficiente para entrar antes. Ou sair. Isso pode começar a parecer pesado, mas acho muito melhor pensar que as coisas estão muito mais sob meu controle e suscetíveis a minhas escolhas.

5) Que amigos são a família que a gente escolhe: Ah, como eu aprendi e venho aprendendo.

6) Que quem se ama não se trai: Acho que trair é a pior auto-traição que se pode cometer. Muito mais mal do que ao outro, se está fazendo mal a si próprio. Porque fidelidade é amor próprio. É auto-estima.

7) Que eu posso não saber a resposta: Ah, como é bom poder dizer que eu não sei quando eu não sei. Como é bom poder ser aprendiz, para mais aprender...

8) Que dizer que se ama a quem se ama não é estar vulnerável: Pode até dar medo, mas dizer que se ama a quem se ama, ao contrário de fraqueza, é estar forte, é estar entregue e inteira. Liçãozinha difícil, importante dar uma revisada nela para não esquecer nunca mais.

9) Que os olhos são o espelho da alma: Os meus, ao menos, são o retrato da minha. E os seus?

Quem estiver disposto a fazer esse mesmo exercício, faça. Vale a pena.

4 comentários:

Carol Passuello disse...

Adorei a subversão!!
Bjs

Wania disse...

Lu querida


Tu sempre escreves com a pena da Alma, toca fundo! Me lembrei de Geraldo Vandré em Pra não dizer que não falei das flores...


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
...


E aí vamos nós, aprendendo a acontecer!



Saudade enorme de ti.
Bjsssssssssssss

Milena Matias disse...

O que mais gostei foi o item 2, tudo que podemos ter é nosso aqui agora e o que fazemos com ele! Vc tem razão, daqui há 5 anos os anseios serão outros, assim como suas realizações...
Tenho dúvidas com relação a coisa da intencionalidade, concordo com o fato de sermos responsáveis pelos atos, mas todo erro tem seu contexto. Porém, é como você disse, a intencionalidade não muda a ação, mas o contexto muda?Tenho me perguntado...
Valeu por dividir conosco Lú!

Falando de Saberes disse...

UUUFA! QUE PALAVRAS FORTES E VERDADEIRAS! ADOREI VIU? VOU FICAR TE VISITANDO E APRENDENDO CONTIGO. QUE BOM QUE A INTERNET NOS DÁ ESSE PRIVILÉGIO, ENCONTRAR PESSOAS ASSIM......