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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Chega de saudade?


Amo essa letra do poeta Tom Jobim, mas não sei se chega de saudade... Desde ontem venho pensando nela.

Estava sentada no ônibus em Garopaba esperando o que seria minha longa jornada de 7 horas e 20 minutos de estrada até Porto Alegre quando entra uma guria, lá pelos 20 e pouquinhos, chorando no ônibus. Sentou na poltrona na mesma fileira do que eu, do outro lado do corredor. Fiquei olhando de canto para ela(porque não tem nada mais desagradável quando a gente precisa chorar em público e alguém fica olhando sem parar) e viajando no motivo do choro dela. Logo presumi que devia ser aquela despedida do carinha com quem ela ficou e que deviam estar naquela paixão e ela tendo que se separar dele para retornar à cidade. Sorri comigo mesma pensando na beleza desses momentos e o quanto essas recordações são coisas preciosas na nossa vida, mas ao mesmo tempo sei o quanto para quem vive isso, naquele momento, não é engraçado, ainda mais nessa idade em que tudo o que se refere a essa área do amor é mega sério e dramático.

Saí do foco dela e me voltei para a vida em geral e para a saudade.

Eta sentimento complexo de se explicar.

Cada pessoa sente saudade de uma forma diferente, mas se a gente perguntar, todo mundo vai dizer que já sentiu alguma vez na vida. E quando vi o aparente "sofrimento" dessa guria pensei: "Claro que ela não está pensando nisso agora, mas como é bom sentir saudades". Porque significa que a gente está ligado a alguém ou a alguma coisa de maneira tão intensa, tão entregue, que quando a gente se afasta parece que uma parte nossa ficou com essa pessoa de quem nos afastamos.

Dói sentir saudades, principalmente quando a perda é permanente. Mas como é bom ter essa capacidade de se entregar, de investir e colocar um pedaço da gente em outra pessoa. Relações são uma coisa complicada. A gente não tem certeza nenhuma em quase nada nessa vida, então muitas vezes ficamos num terreno frágil, de vulnerabilidade.

Mas, quando se está morrendo de saudades de alguém e se revê essa pessoa que carrega consigo essa parte da gente tão prezada e sabemos que essa saudade é recíproca , não há sensação melhor. Como se o mundo ao redor pudesse parar.

Não, não chega de saudade. Deixemos que ela chegue, que mostre o quanto certas pessoas nos são queridas e ocupam um espaço precioso na nossa vida. Mas também deixemos que ela vá embora de tempos em tempos, para o nosso coração e nossa alma poderem sorrir e estar em paz.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cansada, querendo voltar a ser criança por uma semana...



...onde esse era o único tipo de guerra que se travava (antes da guerra de ter que tomar banho e escovar os dentes...)