terça-feira, 15 de junho de 2010

Dos amores calmos


Eu tenho um amor calmo
desses que serenam quando venta
desses que amansam quando arranho

Amores calmos
não são amores mornos
amores mansos ou quietos

Amores calmos são confianças
mesmo certos da incerteza
do próprio tempo do amar

Amores calmos são aqueles
que nos fazem acreditar em amanhãs
mesmo que só cheios de ontens

O único amor definitivo
é esse que carrego em mim
Amor vivo, ousado e assustado

Eu sou a calma do amor que carrego
Eu sou a paciência da tua ousadia
Eu sou a inquietude do nosso futuro

5 comentários:

Borbbolletta disse...

Belíssimo!

Henrique Crespo disse...

versos íntimos e belos.

ps: amores calmos permitem a "construção" o que, na minha maneira ver, é fudamental para o AMOR.

Nádia Lopes disse...

oi, Lu
sempre lembro do Cazuza cantando "eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida"...eu sempre gostei desse verso e quando provei um amor assim, também me soube plena...é uma benção amar sem ânsia, amar sem pressa, amar sem grito e sem dor...bom amor pra nós! beijooo
ps- eu quero o quentão!!!

Renata de Aragão Lopes disse...

Calmaria ideal:
único solo
realmente fértil
ao amor.

Lindo poema, Lu!

Beijo,
doce de lira

Unknown disse...

Linda a poesia!