terça-feira, 15 de março de 2011

Imprecisões preciosas

É preciso que haja alguma explicação nessa vida para essas coisas sem tamanho e sem medida. Sei lá que dias são esses em que a gente se acorda questionando o porquê disso aqui tudo, o porque da saúde, da doença, da vida, da morte, dos desastres, dos milagres e de como a gente faz para seguir respirando.

Eu entendo das nesnecessidades e das futilidades e sei que isso tudo é caminho. Respeito as imprecisões e sei que são justamente elas as responsáveis por nos levarem aos melhores destinos.

Mas tem dias que as não regras e as não ordens me perturbam e me deslocam. Nesses dias eu queria algum tipo de bula, algum tipo de ordem, algum tipo de rota. E o mais incrível de se descobrir - e só sei agora - é que essa sensação de uma desolação pequena, sutil, simplesmente aquele pedaço da gente que se pergunta o porque disso tudo, acontece sempre (a quem se deixa), independente de estarmos felizes, completos (hein?), com o coração bem ocupado, com uma profissão bem definida e bem escolhida. Essa inquietude não se resolve como prêmio de consolação para quando a gente atinge essa tal serenidade. Talvez porque essa imprecisão que eu sinto agora seja boa, seja vital, seja o que tenha me feito voltar aqui de novo.

Eu sei que a imprecisão é preciosa. Mas hoje, só por hoje, eu queria um porto seguro para descansar do meu navegar.

Um comentário:

Nádia Lopes disse...

ah, Lu tu quer um porto em alto mar...queremos , eu também...mas viver é mar sempre...e segue o barco! beijo saudade de ti