
Mas talvez, depois desse mergulho em si mesmo e em sua solidão, o senhor tenha de renunciar a ser um poeta (basta, como foi dito, sentir que seria possível viver sem escrever para não ter mais o direito de fazê-lo). Mesmo assim não terá sido em vão o exame de consciência que lhe peço. Seja como for, sua vida encontrará a partir dele caminhos próprios, e que eles sejam bons, ricos e vastos é o que lhe desejo mais do que posso manifestar.
O que ainda devo dizer ao senhor? Parece-me que tudo foi enfatizado da maneira apropriada; por fim, gostaria apenas de aconselhá-lo a passar com serenidade e seriedade pelo período de seu desenvolvimento. Não há meio pior de atrapalhar esse desenvolvimento do que olhar para fora e esperar que venha de fora uma resposta para questões que apenas seu sentimento íntimo talvez possa responder, na hora mais tranqüila."
Rainer Maria Rilke, em Cartas a um Jovem Poeta.
4 comentários:
Gosto muito. Tenho uma história 'particular' sobre este livro. Coisa bem boa isso, hein?!
coisa muito boa mesmo! Tambem surgiu a mim naqueles momentos "perfeitos". Uma leitura indispensável... Por onde andas, menina? Precisamos de novos eventos literários para nos reencontrar! Bjo!
Ah, Lu querida
que presente, esse trecho do Rilke! Chegou-me na hora certa, sabia? Beijo e saudade, guria.
Que bom, CeciLia querida! Saudades tuas também!
Beijão!
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