
Entrar mais fundo na toca do coelho não a torna menor. O fogo segue ardendo mesmo para quem acredita ser imune a ele. E queima mais e mais. Combustão de descobertas.
O pequeno homem da história acima (autoria do brilhante Quino), ousou em descobrir que parte escura era aquela que o incomodava. Mas foi covarde para entrar de verdade, com os dois pés. Precisou de uma vela para antes de arriscar-se, prever. E não previu nada. Não enxergou nada. Foi quase engolido pelo escuro que temia. Porque na realidade ninguém pré-vê nada. Isso seria muito cômodo. Ou vemos ou não vemos. E no momento que vemos já estamos envolvidos, comprometidos com o que foi visto. E isso gera responsabilidade pelas atitudes tomadas dali em diante, seja enfrentar, negar ou fugir do que se viu.
Quem mais tenta aplacar ou negar sua escuridão é quem mais sofre com ela, consciente ou inconscientemente.
Eu, quanto mais converso com a minha, a devasso e menos a entendo, mais torno a querer saber.
Acuada muitas vezes, ainda assim sigo curiosa. Mas incendeio a vida, não a escuridão. Porque preciso dela para ser luz.
5 comentários:
Oi Lu,
E' preciso coragem.
Coragem nao nos falta,pois aos poetas as palavras estao ao vento expostas em sentimentos.As palavras da o som da musica, dancamos e balancamos.
A beleza esta no olhar.
Bjs
Muito bom Lú! Conseguiu colocar palavras nas imagens do Quino de um jeito lindo.
um brinde aos nossos escuros, aos nossos incêncios e todas as luminosidades que poderemos fazer surgir e descobrir nisso tudo!
beeeeeeijo
Oi, Luciane
O escuro é um sótão para os nossos fantasmas... o que não podemos esquecer que fantasmas "não enfrentados"...voltam a nos rondar mais cedo ou mais tarde!
Nem eles gostam do escuro!
Luz, muita luz pra você.
Bjs
Oi Mari! Coragem, sempre! Bjo!
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Que bom que tu gostou, mano! Beijos!
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Tim tim nádia querida! Beijo!
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Obrigada Wania! Muita luz para ti também! E mais uma semana de abstinência pra gente... :)
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