domingo, 31 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
A felicidade, desesperadamente
Contudo, os filósofos da segunda metade do século XX deixaram de considerá-la um problema filosófico. André Comte-Sponville resgata a felicidade determinando-na como meta da filosofia e a verdade como a norma da filosofia. Isso porque apesar de buscar a felicidade, o verdadeiro filósofo opta por uma tristeza real a uma felicidade ilusória.
O autor diz que a sabedoria é necessária por dois motivos: porque somos infelizes e porque somos mortais. Quando temos tudo para ser feliz e não somos, é porque nos falta sabedoria. E sabedoria é saber viver, aprender a viver. Sponville cita o desejo, conceituado por Platão como aquilo que nos falta. E ser feliz é ter aquilo que desejamos. Mas no momento que temos o que desejamos, o desejo acaba, pois aquilo já não nos falta mais. Então procuramos por outros objetos de desejo. "Na medida que o desejo é falta, a felicidade é perdida". Segundo George Bernard Shaw, "há duas catástrofes na existência: a primeira é quando nossos desejos não são satisfeitos; a segunda é quando são".
O autor chama de "armadilhas da esperança", porque quando esperamos a felicidade e ela não é satisfeita, sofremos e nos frustramos. Quando é satisfeita, nos entediamos e nos frustramos também. Para escapar deste ciclo o Sponville sugere três estratégias: se divertir para esquecer, alimentar novas esperanças (fuga pra frente) e depositar esperanças em outra vida (salto religioso). Apesar da sugestão, acha as alternativas insuficientes. Entretanto, Platão, Pascal, Schopenhauer e Sartre, ao falarem dessa felicidade esperada, se esqueceram ou subestimaram o prazer e a alegria. Prazer e alegria existem quando desejamos o que fazemos, o que é, o que não falta, Sponville define isso como felicidade em ato.
Além disso, para ele, Platão, Pascal, Schopenhauer e Sartre esqueceram também de separar o desejo da esperança. Para ele é possível desejar o que não falta, mas não é possível esperar o que não falta. Diferencia a esperança em três tipos: a platônica, relativa à falta, onde esperar é desejar sem gozar; a que se refere à ignorância a partir do desejo, onde esperar é desejar sem saber, afinal, nunca esperamos o que sabemos; e aquela que é um desejo cuja satisfação não depende de nós, onde esperar é desejar sem poder. Para desejar o gozando, temos o prazer. Para desejar sabendo, temos o conhecimento. Para desejar podendo, temos a ação.
A esperança é um desejo que não depende de nós, enquanto a vontade é um desejo que depende de nós. Não há esperança sem temor, nem temor sem esperança. O contrário de esperar é saber, poder e gozar. "Só esperamos o que não é; só gostamos do que é". O autor propõe uma felicidade desesperadamente. Mas que não seja o desespero do suicida, mas simplesmente uma felicidade sem esperar.
Para Spinoza o sábio não tem temor, logo, não tem esperança. O autor recusa o amor conceituado por Platão como "desejo do que falta", para dar suporte à definição spinozana, que trata o amor por potência, alegria. Sugere que as pessoas não amputem suas esperanças, mas que aprendam a pensar, querer mais e amar melhor.
A felicidade não é absoluta, mas um processo."
quinta-feira, 28 de maio de 2009
P.S. I love you

quarta-feira, 27 de maio de 2009
Meus sapatinhos de rubi

2 of my favourite movie quotes
terça-feira, 26 de maio de 2009
Sombra
Há apenas um rosto que não tem nome. Esse sim, é poesia. Essa carne que não tem olhos, não tem face, não tem lábios, nem sangue. Nem mesmo veneno tem. Tem só aroma, fumaça e uma força estrondosa. Esse sim carrega dentro de si, nas entranhas, nas palpebras e em cada arrepio o nome mais vazio que há: o meu.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Sobre as decisões nossas de cada dia
Como é que se afirma? Decide-se e afirma-se no corpo, não na razão. É a lição da Psicanálise. Não podemos esperar que nossa decisão seja compreendida. Porque, se fosse compreendida, ela seria razoável, e aquilo que é razoável não é decidido no risco. Normalmente, aquilo que é razoável é chato. E aquilo que é decidido é apaixonante. A decisão se decide na paixão. Decisão e paixão estão juntas."
Do livro, já citado aqui anteriormente, "Você quer o que você deseja?" de Jorge Forbes.
É para, no mínimo, fazer pensar...
Um fim de semana com minha melhor amiga

Prevendo ou não, a verdade é que o imprevisto me encontrou. E eu disse que estava com a alma pronta para ele. E no final das contas, não é que eu estava mesmo?
Imprevisto tem como premissa básica ser inesperado. Então a surpresa é inevitável. Mas é diante do imprevisto que temos que recorrer a quem somos. Recorrer ao que temos. E eu recorri a mim. Busquei meu cuidado, meu sentimento, minha companhia. E foi tão bom. Cumpri compromissos profissionais no sábado, que me fizeram lembrar do caminho que eu escolhi seguir e do quanto amo o que faço. Cumpri compromissos pessoais no domingo, quando fui correr mais uma maratona, e lembrar do quanto eu gosto de estar comigo, de cuidar de mim e superar meus limites. Ver o sol nascendo, correndo na beira do rio, escutando minhas músicas favoritas foi um presente que eu me proporcionei.
Dormi cedo nos dois dias, acordei cedo nos dois dias. Me alimentei, me cuidei, peguei os episódios do meu seriado preferido com uma amiga querida e feliz, que se dispôs a gravar todos para mim... Fiquei um pouco mais com meu irmão, que é meu cúmplice e melhor amigo. Mas fiquei sempre e incansavelmente comigo mesma, que venho descobrindo ser, cada vez mais, a melhor companhia com a qual eu conto.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Tudo muda o tempo todo no mundo
A vida mostra a cada minuto que nada é garantido, que a única certeza é a incerteza e que a única constância é a mudança permanente.
Eu tento me lembrar disso, tento não me acomodar e lembrar que tudo pode mudar à cada minuto e que é preciso estar alerta, estar pronto para mudar. Pronto para ser desalojado. Isso tem que ser bom, tem que nos fazer crescer.
Estou com a alma pronta para o imprevisto.
*Lulu Santos fazendo sentido numa sexta feira pela manhã
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Faço sorrir
Amor e Arte
Ele realizou esse vídeo como um trabalho para um curso que realizava mas certamente como uma forma de ressaltar as pequenas sutilezas e até belezas da experiência que passaram. Foi uma homenagem à paciente, sua mãe.
Esse vídeo mostra que uma internação, mesmo não tendo o desfecho desejado, pode ser um momento de reencontro, de beleza, amor e paz.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Teimosia burra

Eu não deveria ter visitado a minha amiga Jo depois do trabalho e ido comer um bauru com cerveja.
Eu não deveria ter visto o final do segundo tempo do jogo do Inter, que nem mesmo é o meu time.
Eu não deveria.
Eu deveria estar dissertando. Eu deveria estar sendo resiliente e persistindo na minha interminável saga rumo ao título de mestra ao qual almejo.
Ortodoxia

Lemos um pequeno fragmento dele em aula, com nosso professor, e eu, instantaneamente, amei e quis compartilhar por aqui.
O autor é Gilbert Keith Chesterton e, de barbada, está com download gratuito na rede.
É só clicar aqui!
***
"...quero frisar apenas que o perigo está na lógica e não na imaginação"
"Em toda parte se observa que os homens não enlouquecem a sonhar; os críticos são muito mais loucos do que os poetas."
"A poesia é sã porque flutua, facilmente, num mar infinito; a razão, porém, procura atravessar esse mar infinito e torná-lo, assim, finito. O resultado é um esgotamento mental. Aceitar todas as coisas é um exercício, mas compreender todas as coisas é um esforço."
"O poeta pretende, apenas, meter a cabeça no Céu, ao passo que o lógico se esforça por meter o Céu na cabeça. E é a cabeça que acaba por rebentar."
"A maneira como se encara, vulgarmente, a loucura é errônea; o louco não é o homem que perdeu a razão, mas o homem que perdeu tudo menos a razão"
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Inteligência emocional?

Ontem jantei com um monge indiano de 73 anos que tem doutorado em física quântica e faz atendimentos a pacientes em uma unidade de oncologia em Fortaleza. Os atendimentos são basicamente meditações e relaxamentos. Aliás, quase pedi uma sessãozinha para mim também!
O que mais me impressionou é que as técnicas que ele usa provocam efeitos a nível cerebral que podem alterar condições respiratórias, de pressão sanguínea e conseqüentemente, de humor. Isso tudo cientificamente comprovado!
Aí é que a pulguinha começou a coçar e pude ter uma conversa ótima com ele, metida e perguntadeira que eu sou: Onde ficam as emoções no nosso cérebro? Como - de acordo com a crença dele - a imposição de mãos em uma certa angulação ou com tais ou outros dedos unidos pode provocar tamanha alteração cerebral ou respiratória a ponto de alterar meu “ânimo”, ou até meus sentimentos?
Aonde ficam as tais das nossas emoções? Nossos conflitos psíquicos? Como é que eles "dançam" com nossas conexões cerebrais, hormonais?
Fiquei intrigada e estou até agora pensando que o corpo da gente é mesmo uma engrenagem delicada e sutil. E que temos que dar mais ouvidos e mais tempo a ele.
Vocês sabiam que respiramos tão mal a ponto de reter muito mais gás carbônico em nosso organismo do que deveríamos, o que faz com que isso torne o sangue mais ácido, sendo então um meio de proliferação de bactérias e de células anômalas (cancerígenas, por exemplo)? Quanto mais alcalino nosso sangue, melhor, e para isso é preciso que tenhamos mais oxigênio e menos CO2 eem nosso organismo. E que temos duas narinas para poder contemplar os dois hemisférios cerebrais em termos de respiração?
Alguém presta a devida atenção a sua respiração?
Nossa...meu cérebro tem trabalhado muito... Só não sei o que ele anda fazendo com tanta emoção que anda por aqui...
Respiro fundo e sigo o baile...
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Who am I fighting against, anyway?
Eu escutei, por 30 minutos, essa mulher tentar, desesperadamente, coordenar um discurso lógico. E ela conseguiu tão poucas frases. Eu me esforçava para que ela se sentisse compreendida. Mas eram frases disconexas, perguntas soltas sobre outros assuntos que não havíamos nem falado. Era a primeira vez que eu conversava com ela e senti a angústia que é querermos dizer algo e não sermos compreendidos. A angustia de não conseguir falar uma palavra que pensamos porque o nome dela fugiu de nossa mente.
Ah, a mente humana. Eu trabalho com ela, mas eu não sei como ela funciona em sua parte “mecânica”, digamos assim. Fiquei me sentindo tão pequena, tão impotente diante dos mistérios do cérebro. Se essa pequena massa não funciona, se não esta com todas as engrenagens em harmonia, de nada adianta o meu trabalho. Eu preciso das palavras para trabalhar e ela não as tinha. O repertório sumiu. Ela só tinha a imagem do que gostaria de transmitir e não conseguia.
Que sensação ruim, que momento difícil.
Não percebemos como é fundamental poder expressar o que sentimos, o que pensamos. E para que isso possa ocorrer nós temos que usar símbolos, palavras, imagens. Esse é um processo mental que parece tão obvio, tão espontâneo. E na verdade ele é parte de um complexo sistema, que à menor falha pode ruir, e nos deixar isolados, enfrentando sozinhos nossos abismos sem alguém que nos lembre que nome ele tem...
Ainda bem que mesmo na falha da palavra, sempre existe o olhar e o abraço.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Vestindo as sandálias da vaidade...
http://www.bonneterie.com.br/ (Vitrine)
...porque as da humildade eu já uso há 30 anos e já estava mais do que na hora de variar um pouquinho!
Rosa de Cecília
4o. Motivo da rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
Cecília Meireles
quarta-feira, 13 de maio de 2009
É isso que eu quero...

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais
terça-feira, 12 de maio de 2009
Enquanto ela não vem....
Eu sou o alter ego da Luciane. Assumi esse blog para revelar as verdades e faze-la perder o controle.
Eu acho que ela é desejosa, essa menina mulher. Eu acho que ela precisa se enxergar iluminada e colorida, concretizada em uma página da internet porque suas cores internas ainda piscam para que ela as veja. E ainda assim, ainda que trabalhe desvendando o inconsciente do outro, ela não enxerga claramente suas próprias cores. Precisa ver tudo isso concretizado aqui na tela do computador. E mesmo assim não se sacia.
Ela ama música, essa Luciane. Ama poesia. Ama delicadezas. E ama palavras. Alguém sabe me dizer o que ela odeia? Porque ela teima em dizer que não consegue detectar seu próprio ódio. Mas eu já senti esse ódio sim. Já fui esse ódio dela. Senti o perfume do desgosto que ela tenta disfarçar. Quem a conhece, sabe disso? Você, não sabia?
Eu não posso fazer nada porque só apareço quando ela se afasta. Quando ela fica perdida em devaneios ou atarefada em tentar se encontrar. Daí eu surjo e tento mostrar algumas coisas a ela. Tento mostrar que ela pode ainda mais. Que a vida dela apenas começou e que a vontade por ser vai levá-la às alturas.
Ela sabe disso, essa guria dos olhos cor de mel. Eu sinto um carinho grande por ela. Ela que quer ser poeta, que ainda acredita nas pessoas. Ela que se julga ingênua, mas que suporta muito mais do que sonha.
Luciane está voltando e eu vou embora. Aguardem para ver os próximos posts e me digam se ela não é quem eu descrevi aqui. Não contem nada a ela sobre essa minha visita. Mas não permitam que ela esqueça de ser somente quem ela é. Essa pequena mulher grande que quer descobrir a vida inteira.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Caio 3D
Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente. Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma outra alegria além de ti.
Como pude cair assim nesse fundo poço? Quando foi que me desequilibrei? Não quero me afogar: Quero beber tua água. Não te negues, minha sede é clara.
Caio Fernando Abreu
sábado, 9 de maio de 2009
Se eu fosse... Eu seria...

Se eu fosse um dia da semana, eu seria... Sábado

Se eu fosse uma hora do dia, eu seria... O amanhecer

Se eu fosse uma direção, eu seria... Contra o Vento

Se eu fosse um esporte, eu seria... Patinação artística no gelo
Se eu fosse um divertimento, eu seria... Uma peça de teatro

Se eu fosse um gesto, eu seria... Um carinho

Se eu fosse um momento, eu seria... Uma surpresa

Se eu fosse um líquido, eu seria... Um vinho

Se eu fosse uma pedra preciosa, eu seria... Um diamante

Se eu fosse uma árvore, eu seria... Um plátano

Se eu fosse uma flor, eu seria... Um girassol

Se eu fosse um instrumento musical, eu seria... Um violino

Se eu fosse uma cor, eu seria... Azul

Se eu fosse um sentimento, eu seria... Alegria

Se eu fosse um tempero, eu seria... Manjericão

Se eu fosse um animal, eu seria... Um gato

Se eu fosse uma fruta, eu seria... Morango

Se eu fosse um livro, eu seria... Poesia

Se eu fosse uma personagem, eu seria... Carrie Bradshaw

Se eu fosse uma comida, eu seria... Um risoto

Se eu fosse um lugar, eu seria... Veneza

Se eu fosse um objeto, eu seria... Um I-pod

Se eu fosse um filme, eu seria... Cidade dos Anjos

De repente um raio de sol...
Graças a Marisa e a Julieta já senti um raiozinho de sol nesse sábado...
Linda essa música!
Cerração baixa...
quinta-feira, 7 de maio de 2009
A escuridão em chamas

Entrar mais fundo na toca do coelho não a torna menor. O fogo segue ardendo mesmo para quem acredita ser imune a ele. E queima mais e mais. Combustão de descobertas.
O pequeno homem da história acima (autoria do brilhante Quino), ousou em descobrir que parte escura era aquela que o incomodava. Mas foi covarde para entrar de verdade, com os dois pés. Precisou de uma vela para antes de arriscar-se, prever. E não previu nada. Não enxergou nada. Foi quase engolido pelo escuro que temia. Porque na realidade ninguém pré-vê nada. Isso seria muito cômodo. Ou vemos ou não vemos. E no momento que vemos já estamos envolvidos, comprometidos com o que foi visto. E isso gera responsabilidade pelas atitudes tomadas dali em diante, seja enfrentar, negar ou fugir do que se viu.
Quem mais tenta aplacar ou negar sua escuridão é quem mais sofre com ela, consciente ou inconscientemente.
Eu, quanto mais converso com a minha, a devasso e menos a entendo, mais torno a querer saber.
Acuada muitas vezes, ainda assim sigo curiosa. Mas incendeio a vida, não a escuridão. Porque preciso dela para ser luz.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Vento para Crer...

Sinto que o vento que hoje levantou meus cabelos e secou um pouco meus olhos veio me avisar de que novos tempos estão chegando. Eu preciso é aprender a receber esses novos tempos de braços abertos, aprender a arte da paciência, e seguir sendo eu mesma, sem medo do que vou perder com essa ventania. Porque o novo sempre vem, e o que o vento tiver que levar, se vai...
***
"E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz."
Los Hermanos - O vento
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Me vejo em tudo...

E agora é assim: A cada obra que eu vejo dele eu me encontro mais um pouco e quero adquiri-las todas. Não sei se são as cores, as mulheres, o devaneio, os gatos, as estrelas, essa intenção de sonhar ou simplesmente o meu desejo de ser retratada em tintas e cores. Só sei que minha casa é o meu quadro. E ela é meu retrato.

Madu Lopes é gaúcho de Pelotas. E eu, que no meu preconceito camuflado tinha certeza de que o artista era uma mulher, simplesmente pelo fato de me sentir tão identificada e retratada nas obras, confirmei que existem, sim, homens que realmente conseguem traduzir a alma feminina. Ou pelo menos a minha.

Bom Conselho
Não existem bons conselhos a não ser o que nós mesmos nos damos. Precisamos do outro, com certeza, mas quando realmente escutamos algo que o outro nos diz e fazemos o que então nos "aconselham", é porque isso já estava mesmo dentro de nós.
Quantas vezes somos advertidos, aconselhados ou encaminhados e não fazemos o que nos é recomendado?
Pois é. Não existem bons conselhos, ditados certos, caminhos prontos. Existe é fazer o que sabemos ser o correto para nós mesmos em cada momento. Existe é a intuição, de fazermos o que sentimos ser certo a cada encruzilhada. E existe o erro também, é claro, porque sentir é não ter certeza.
Mas não é para ter certeza que estamos aqui, é?